Especialistas e representantes da cadeia produtiva lembram ainda que dólar acima dos R$ 4 pode estimular exportações

 

A melhora no consumo doméstico – impulsionada pela ainda incipiente retomada da economia – e as exportações de lácteos devem dar sustentação aos preços do leite ao produtor brasileiro no primeiro semestre deste ano.  Segundo especialistas, a manutenção do dólar em níveis mais altos e as cotações firmes no mercado internacional devem estimular as vendas externas de lácteos a países como China e Egito, beneficiando a cadeia produtiva.

Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria, afirma que a expectativa é de recuperação do consumo interno de lácteos neste ano, o que é um alento para o produtor e para a indústria. No entanto, acrescenta, os custos de produção em alta devem seguir pesando nas contas dos pecuaristas. Os custos têm subido em função principalmente da valorização do milho.

Ao mesmo tempo que favorece as exportações de lácteos, o dólar mais valorizado em relação ao real deve pôr um freio às importações desses produtos, avalia o  chefe-geral da Embrapa Gado de Leite,  Paulo Martins. “O dólar continuará acima de R$ 4 porque mudou de patamar, e isso reduz as importações”, diz.

Roberto Jank Junior, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite B, prevê um ano estável no setor no país. “Na situação atual, não temos excesso de produção. O produtor não está estimulado, especialmente porque os custos de produção estão muito altos. Isso me leva a crer que teremos um 2020 de preços estáveis, sem excessos de produção”, avalia.

O dirigente espera a volta do crescimento do consumo de derivados de leite, que tiveram as vendas afetadas desde o começo da crise. “O que caiu muito nos últimos cinco anos foi o consumo de queijos, iogurte. Com a retomada da economia, com certeza, voltam a ser consumidos”, prevê.

O mercado foi favorável durante o primeiro semestre de 2019 para os produtores brasileiros. Na segunda metade do ano, porém, a alta da ração num cenário de maior estabilidade do preço do leite pressionou os produtores.  O clima também afetou a oferta. “O clima adverso, com chuvas, acabou segurando a produção do leite”, diz Ribeiro, da Scot.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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