Renner expande operações e se encaminha para ser um player global no setor de lácteos.
Renner
"Com as tecnologias que estamos implementando, estamos nos posicionando também como fornecedores globais de referência."

A integração de Concen Lácteos ao grupo Sooro Renner marca um passo estratégico na expansão da empresa, consolidando sua posição como referência no mercado global de lácteos.

A aquisição foi anunciada oficialmente em um comunicado assinado pelo CEO Eduardo Serra, destacando a sinergia entre as empresas e os planos ambiciosos de crescimento.

 

 

Valeria Hamann: Oi, Cássio! Que boa notícia! Poderia nos contar mais sobre os detalhes dessa aquisição?

Cássio José Dall’Agnese: Oi, Valéria! Boa tarde! Esta compra é parte de uma estratégia maior que visa ampliar nossas capacidades de produção de whey protein no Brasil. A planta da Concen já possui licenças e registros junto ao MAPA, o que vai reduzir prazos para a expansão. Hoje estamos anunciando um investimento de R$ 650 milhões em Francisco Beltrão, no Paraná. Esse montante será destinado à produção de lactose padrão para fórmulas infantis e à construção de uma nova planta de whey protein anexada à planta atual de manteiga da Concen.

Valeria Hamann: Impressionante! E qual é o impacto desse investimento no mercado local e global?

Cássio José Dall’Agnese: Esse é mais um passo no processo de expansão traçado pelos acionistas até 2030. A nova unidade terá uma capacidade anual de 40 mil toneladas de lactose e 12 mil toneladas de whey protein. Além disso, serão gerados cerca de 250 empregos diretos e mais de 1.200 indiretos na região. Isso reforça nosso compromisso com a inovação, o desenvolvimento sustentável e as boas práticas de governança.

Valeria Hamann: Vocês também estão diversificando o portfólio, certo? Como a introdução de lactose para fórmulas infantis se encaixa nesse plano?

Cássio José Dall’Agnese: Com certeza! Essa unidade introduz a lactose para fórmulas infantis no portfólio, além de ampliar nossa capacidade de produção de whey protein. Estamos nos qualificando como um grande player global, capaz de atender tanto ao mercado interno quanto a clientes internacionais.

Valeria Hamann: Falando em mercado internacional, quem são os principais destinos da produção de vocês?

Cássio José Dall’Agnese: A ênfase ainda é o mercado interno, que apresenta um potencial de crescimento gigantesco com novas aplicações surgindo a cada dia. No entanto, com as tecnologias que estamos implementando, estamos nos posicionando também como fornecedores globais de referência.

Valeria Hamann: Com o atual cenário econômico e o protecionismo em algumas regiões, vocês enxergam oportunidades para exportações?

Cássio José Dall’Agnese: Sem dúvida. Concordo com sua visão. Estamos prontos para aproveitar essas oportunidades e expandir nossas exportações.

Valeria Hamann: Vocês pretendem anunciar mais novidades em breve?

Cássio José Dall’Agnese: Sim, esse tema será amplamente divulgado nas nossas redes sociais oficiais. Nosso foco é manter a transparência e compartilhar com nossos parceiros e o público os avanços que estamos conquistando.

A expansão da Sooro Renner não é apenas um marco para a empresa, mas também um impulso significativo para o mercado lácteo brasileiro. Com inovações tecnológicas, geração de empregos e diversificação de portfólio, o grupo reforça sua posição como um dos maiores players globais no setor. Continuaremos acompanhando de perto os desdobramentos dessa história.

https://edairymarket.com/

No mesmo dia que falei com Cassio, ontem!, assumiu o novo presidente dos EUA, e escrevi no eDairyNews: “Diversificação comercial | Novo capítulo global: o retorno de Trump e os reflexos para o setor lácteo brasileiro”, que, a meu critério, inaugura um cenário que exige atenção redobrada da indústria global de alimentos, incluindo o setor lácteo brasileiro. Cássio concordou comigo quando eu disse:

Com Trump, espera-se o fortalecimento de políticas protecionistas, buscando priorizar a produção doméstica nos Estados Unidos.
No entanto, o Brasil tem alternativas. O fortalecimento de sua posição no BRICS, bloco econômico liderado por países emergentes como China e Índia, oferece novos horizontes.
Recentemente, Pequim ampliou sua parceria comercial com Brasília, assinando acordos que incluem setores de alimentos, o que abre espaço para o setor lácteo crescer em mercados asiáticos e além.”

Há um tempo, falei que imaginava o Brasil como uma potência exportadora de lácteos, porque, vamos lá, ele tem tudo para ser! E mais de um me disse: Valeria, você está fantasiando demais.

“O Brasil tem todas as condições para se tornar um exportador relevante de lácteos, mas o caminho para esse futuro brilhante está repleto de desafios estruturais que exigem ações decisivas.
Se quiser despertar seu gigante adormecido no setor de laticínios, o país terá de olhar para além de suas fronteiras, investir, inovar e, talvez, adotar algumas das práticas de seus concorrentes.”

E eu aprendi que, se trabalhamos focados no que desejamos, os sonhos se tornam realidade. O futuro já chegou, e o Brasil não para de crescer.

 

Valéria Hamann

EDAIRYNEWS

 

 

 

 

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