Um estudo do Chipre publicado no Journal of Advanced Dairy Research afirma que, à medida que a quantidade de soro de leite na indústria de laticínios aumenta constantemente

Um estudo do Chipre publicado no Journal of Advanced Dairy Research afirma que, à medida que a quantidade de soro de leite na indústria de laticínios aumenta constantemente, novos métodos sustentáveis de utilização e processamento deste sub-produto são necessários.

Os pesquisadores do Departamento de Ciências Agrícolas, Biotecnologia e Ciência de Alimentos, da Universidade de Tecnologia de Chipre, em Limassol, afirmam que, entre outros usos, o desenvolvimento de bebidas de soro de leite fornecerá aos consumidores um produto de alta qualidade nutricional, enquanto cria oportunidades de inovação para a indústria de laticínios.

Eles acrescentam que os componentes bioativos derivados do soro de leite têm propriedades antimicrobianasantiinflamatórias antioxidantes, daí a qualidade funcional para o consumidor preocupado com saúde.

Devido ao aumento da fabricação de queijos, o desafio de criar produtos inovadores a partir de soro de leite continua crescendo. No entanto, eles acrescentam que, com base nos efeitos positivos do soro, novos produtos foram descobertos e isso resultou na minimização do desperdício geral.

O estudo diz que algumas das maiores empresas de laticínios do mundo já introduziram uma nova forma de geração de produtos à base de soro de leite. Por exemplo, a Arla Food Ingredients desenvolveu uma bebida medicinal que contém 10 gramas de proteína de soro de leite de alta qualidade e baixa em lactose.

Além disso, a Nestlé Health Science desenvolveu um pó de soro de leite, o Resource Whey Protein, que é uma proteína solúvel projetada para manejo dietético de pacientes desnutridos. A Nempresa também lançou uma nova série de produtos chamada Boost, que série inclui uma linha de bebidas nutricionais com proteínas, vitaminas e minerais de alta qualidade, incluindo cálcio e vitamina D.

Muitas outras empresas continuam desenvolvendo pós à base de soro de leite, como a Fonterra com o Whey Protein Concentrate (80% de proteína) e o Whey Protein Isolate (aproximadamente 90%) e a Lactalis com os pós de soro de leite Flo e Pronativ e Native Whey Protein.

Os pesquisadores dizem que esses produtos são uma ótima fonte de proteína digerível pelo organismo, permitindo a rápida absorção de seus benefícios nutricionais.

O artigo considera os usos potenciais do soro de leite, inclusive nos esportes, observando que as bebidas esportivas podem ser consumidas antes ou durante a atividade física e fornecem uma excelente alternativa à água pura para os atletas, pois também evitam a desidratação. A maioria das bebidas esportivas é formulada para fornecer carboidratos e eletrólitos (como sódio, potássio, cálcio e magnésio) para absorção de fluidos e energia.

Algumas bebidas esportivas também podem incluir proteínas, vitaminas e outros nutrientes, com a ingestão recomendada para os atletas em torno de 1g (treinamento geral) e 2g (cargas intensas de treinamento, adolescentes em crescimento, construção muscular) de proteína/kg de peso corporal por dia.

O estudo observa que muitos atletas consomem proteína de soro de leite por seu rico conteúdo de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), constituintes importantes para a síntese proteica e crescimento muscular durante o período de recuperação, após exercício de resistência.

O crescimento contínuo da indústria de laticínios gera grandes quantidades de soro de leite como subproduto ou co-produto, forçando a indústria a encontrar maneiras de tratá-lo e valorizá-lo, afirma o artigo. Ainda acrescentam que o fato de os benefícios do soro para a saúde humana estarem se tornando amplamente conhecidos é importante, pois, nesse cenário, as empresas irão desenvolver bebidas de soro de leite com excelentes qualidades nutricionais que serão aceitas pelos consumidores.

Pesquisas adicionais sobre a utilização criativa de soro de leite serão essenciais para estabelecer e expandir o futuro das bebidas lácteas funcionais na indústria global de laticínios, concluem os cientistas.

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