ESPMEXENGBRAIND
13 jun 2025
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13 jun 2025
Com preços médios em ascensão e novos mercados no radar, Argentina e Uruguai mostram sinais claros de recuperação e estratégia nas exportações lácteas. O South Dairy Trade destaca volumes, destinos e tendências para entender o novo momento do setor no Cone Sul.
South Dairy Trade
Mais do que nunca, entender o pulso do comércio lácteo no Cone Sul é essencial para tomar decisões inteligentes no setor.

Na edição nº 79 do South Dairy Trade Report, analisamos o desempenho das exportações lácteas da Argentina durante a segunda quinzena de abril e do Uruguai na segunda metade de maio de 2025.

Os números apontam para uma retomada firme na Argentina, com aumento expressivo de volumes e diversificação de destinos, enquanto o Uruguai mantém sua força com preços médios em alta e estratégias claras de ampliação geográfica.

Neste relatório, detalhamos as variações de preço por produto, os principais destinos e as movimentações que moldam o atual cenário do comércio lácteo no Cone Sul.

 

Relatório e análise de preços de laticínios na Argentina e no Uruguai: Report N° 79 – 10/06/2025

 

South Dairy Trade ARGENTINA: Segunda Quinzena de Abril de 2025

Durante o período de 16 a 30 de abril de 2025, o mercado lácteo argentino apresentou uma melhora significativa em comparação com a primeira quinzena do mês. O preço médio de exportação alcançou U$D 3.921,67 por tonelada, o que representa um aumento de 3% em relação ao valor anterior.

Em termos de volume, também foi observado um crescimento: foram exportadas 14.650,79 toneladas, ou seja, 2.708,70 toneladas a mais que na primeira quinzena, o que equivale a um incremento de 22,7%. Da mesma forma, o número de destinos alcançados passou de 23 para 30, refletindo uma maior diversificação dos mercados na segunda metade do mês.

Visão Mensal – Abril de 2025

No total, abril encerrou com 26.592,88 toneladas exportadas e um preço médio geral de aproximadamente U$D 3.871,17/tonelada. O desempenho mais forte na segunda quinzena elevou a média mensal e evidenciou uma tendência positiva nos preços, volumes e alcance geográfico, consolidando um mês de recuperação nas exportações para o setor lácteo argentino.

Leite em Pó Integral

  • Preço: USD 4.160,61
  • Variação: +0,77%
  • Toneladas Exportadas: 4.777,58

 

Leite em Pó Desnatado

  • Preço: USD 3.307,18
  • Variação: +3,00%
  • Toneladas Exportadas: 993,24

 

Queijo Semiduro

  • Preço: USD 4.731,17
  • Variação: +0,60%
  • Toneladas Exportadas: 3.986,25

Queijo Duro

  • Preço: USD 6.406,41
  • Variação: -0,71%
  • Toneladas Exportadas: 883,93

 

Manteiga

  • Preço: USD 6.519,02
  • Variação: +2,26%
  • Toneladas Exportadas: 521,42

 

ButterMilk

  • Variação: Não foram registradas exportações

 

Soro Permeado

  • Preço: USD 530,69
  • Variação: -6,42%
  • Toneladas Exportadas: 1.185,00

 

Soro Parcialmente Desmineralizado (D40%)

  • Preço: USD 1.065,15
  • Variação: +15,69%
  • Toneladas Exportadas: 664,72

 

Concentrado de Proteína de Soro em Pó 35% (WPC 35%)

  • Preço: USD 2.473,09
  • Variação: +8,50%
  • Toneladas Exportadas: 1.425,05

 

Concentrado de Proteína de Soro em Pó 80% (WPC 80%)

  • Preço: USD 7.070,89
  • Variação: +1,34%
  • Toneladas Exportadas: 213,60

 

South Dairy Trade URUGUAY: Segunda Quinzena de Maio de 2025

Durante o período de 16 a 31 de maio de 2025, o mercado lácteo uruguaio apresentou uma melhora no preço médio de exportação, alcançando U$D 4.058,68 por tonelada, o que representa um aumento de 2% em comparação com a primeira quinzena, que havia registrado U$D 3.977,19.

No entanto, o volume exportado teve uma leve redução, com 7.355,89 toneladas frente às 7.594,61 toneladas da primeira metade do mês, o que implica uma queda de 3,1%. Apesar dessa diminuição no volume, destaca-se uma maior diversificação dos mercados, já que o número de destinos aumentou de 26 para 32.

Visão Mensal – Maio de 2025

Em termos mensais, o Uruguai exportou um total de 14.950,50 toneladas de produtos lácteos, com um preço médio mensal aproximado de U$D 4.018,67/tonelada. Maio foi caracterizado por um crescimento sustentado nos preços, acompanhado por um alto volume de exportações, ainda que concentrado na primeira metade do mês. O aumento no número de destinos durante a segunda quinzena reforça uma tendência positiva rumo à ampliação de mercados.

Leite em Pó Integral

  • Preço: USD 4.176,51
  • Variação: +2,42%
  • Toneladas Exportadas: 5.828,53

 

Leite em Pó Desnatado

  • Preço: USD 3.216,46
  • Variação: +0,42%
  • Toneladas Exportadas: 436,84

 

Queijo Semiduro

  • Preço: USD 4.743,08
  • Variação: -0,47%
  • Toneladas Exportadas: 108,02

 

Queijo Duro

  • Preço: USD 7.437,36
  • Variação: +5,57%
  • Toneladas Exportadas: 49,01

 

Manteiga

  • Preço: USD 6.541,63
  • Variação: +4,08%
  • Toneladas Exportadas: 368,48

 

ButterMilk

  • Preço: USD 2.825,37
  • Variação: As exportações foram retomadas
  • Toneladas Exportadas: 100

 

Soro Parcialmente Desmineralizado (D40%)

  • Preço: USD 1.155,66
  • Variação: -2,54%
  • Toneladas Exportadas: 465,01

 

Para o Brasil, os dados do South Dairy Trade Report N°79 reforçam a importância de acompanhar de perto os movimentos dos vizinhos do Cone Sul.

A recuperação argentina, com preços mais competitivos e maior presença internacional, e a consolidação uruguaia com foco em mercados premium, configuram um cenário de crescente concorrência nas exportações — especialmente em produtos como leite em pó, queijos e manteiga, de alta demanda regional.

Diante disso, o mercado brasileiro precisa estar atento: seja para proteger sua indústria com políticas claras e previsíveis, seja para aproveitar oportunidades de importação estratégica em momentos de alta nos custos internos.

Mais do que nunca, entender o pulso do comércio lácteo no Cone Sul é essencial para tomar decisões inteligentes no setor.

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