O evento foi realizado na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faesc) e foi transmitido virtualmente para quem não pôde estar presencialmente.  
Brasileira

Com o objetivo de construir as propostas do Plano de Ações para a eficiência e competitividade Global do Leite ocorreu, recentemente, a 4ª reunião ordinária da Aliança Láctea Sul Brasileira deste ano.

Participaram do evento representantes das Secretarias de Agricultura dos três Estados, os presidentes das Federações de Agricultura, os Sindicatos das Indústrias de Laticínios, técnicos e produtores, entre outros profissionais e lideranças que conhecem a cadeia produtiva e deram as suas contribuições para que o objetivo seja atingido.

O presidente da Faesc e vice-presidente da CNA, José Zeferino Pedrozo, reconheceu a importância da Aliança Láctea Sul Brasileira, criada em 2014, para intensificar a competitividade da pecuária leiteira da região Sul. “Temos muito potencial para explorar e precisamos manter essa união para ampliar as ações em busca do fortalecimento desse setor tão importante para a economia do País”.

O membro do Conselho Consultivo da ABRALEITE e coordenador geral da Aliança Láctea Sul Brasileira, Airton Spies, reforçou que a busca pelo aumento da eficiência e competitividade global do segmento é o grande propósito da Aliança Sul Brasileira. “Por meio dessa iniciativa, os três Estados estão unidos, tanto no setor público como no setor privado, representantes das indústrias, federações de produtores e governos para buscar resolver os gargalos da cadeia produtiva do leite – setor que gera custos e não nos dão a competitividade para exportação de lácteos” explicou.

De acordo com Spies, hoje o Brasil passa por uma situação difícil. Segundo ele, há oito anos o consumo total de lácteos no País não cresce, o que limita a produção e cria muita instabilidade nos preços.

“Temos a convicção de que os três Estados do Sul, que já produzem 40% do leite industrial do Brasil e possuem somente 15% da população brasileira, precisam buscar outros canais de comercialização para aumentar o espaço para o crescimento na produção de leite. Possuímos condições muito boas para produzir alimentação aos animais, pois temos mais chuva e mais sol do que os nossos concorrentes, como a Nova Zelândia, Argentina, Uruguai, Europa e os Estados Unidos, que são os Países exportadores. Mas, ainda não conseguimos exportar porque o nosso custo de produção está acima dos nossos concorrentes”, frisou.

O coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira frisou, ainda, que isso significa que há muito dever de casa a fazer para resolver os gargalos que geram custos e diminuem a competitividade. “É um dever de casa possível de ser feito e, com isso, a Aliança Láctea procura desenvolver o setor para torná-lo uma cadeia do agro que possa gerar mais empregos, mais renda e mais oportunidades. Esse plano será puxado principalmente pelas agroindústrias no sentido de modernizar o setor e criar um ambiente favorável para o crescimento da produção. Há oito anos o Brasil não aumenta a sua produção, não conseguimos exportar nem meio por cento da produção nacional e ainda temos que competir com cerca de 4% com o leite importado do consumo total do País”, frisou ao destacar que a concretização do plano será essencial para aumentar a competitividade, a eficiência e promover o crescimento da produção na região Sul”.

Ao finalizar, Pedrozo avaliou de forma positiva a reunião e observou que, com o comprometimento que todos vem demonstrando para buscar estratégias para fortalecer o setor, a iniciativa se encaminhará para a construção de um plano de ação prático e eficiente. “A Aliança Láctea Sul Brasileira nos trouxe uma excelente oportunidade para ampliarmos mercado e desenvolvermos a cadeia leiteira de forma justa, competitiva e com toda a excelência que o setor merece. Nossas expectativas são as melhores”.

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