Brasil | As fortes chuvas no Estado do Rio Grande do Sul impactarão não só a região como o país inteiro. Além do alto número de mortos (147), o preço dos alimentos também deve aumentar à medida em que a quantidade deve cair.
Em contato com a Gazeta, a FecomercioSP tentou mapear as consequências das fortes chuvas no estado gaúcho apontando alguns dos setores que devem ser afetados.
O que diz a FecomercioSP
O estado gaúcho é responsável por uma parcela considerável na produção alimentícia no país. Arroz, leite, frutas e hortaliças são os produtos de destaque que sofrerão algumas mudanças a respeito de preço e disponibilidade.
- Arroz: Rio Grande do Sul é responsável por 70% de sua produção no país e, mesmo com 80% da safra colhida, não há como distribuir o alimento.
- Criação de gado e leite: fortes chuvas ocasionaram na perda de vacas e pasto. Além disso, as sobreviventes farão uso de água sem qualidade, interferindo na qualidade do alimento.
- Frutas: em especial uva, pêssego e maçã passam pelos mesmos problemas do arroz, sem alternativas para escoamento do produto, além da perda de parte da produção. Rodovias interditadas e caminhões sendo utilizados para ajudar os necessitados.
- Hortaliças: falta de estoques por algumas semanas.
Além da alimentação
Ainda com problemas no escoamento de produtos, o setor industrial sofrerá com a falta de suprimentos em todo o país e isso refletirá, futuramente, na alta demanda para reposição dos maquinários afetados pela tragédia.
Redução do PIB
O desastre em Brumadinho, Minas Gerais, registrou 272 mortes e provocou uma queda de 0,2% no Produto Interno Bruto nacional, ou seja, mais de R$ 20 bilhões em valores atuais.
A partir desta análise, a FecomercioSP deduz que a tragédia no Estado do Rio Grande do Sul deve afetar mais ainda o PIB do Brasil, já que se trata de uma região com maior população e maior importância econômica no cenário nacional.