Substâncias tóxicas como soda cáustica, água oxigenada e formol foram apontadas pelo autor do vídeo como responsáveis pelo longa vida permanecer válido por mais de uma semana na caixinha. Na época, diante da problematização, grandes veículos precisaram pautar o assunto para levar a informação verdadeira. 
Para apresentar os protocolos de segurança alimentar do leite longa vida, Marajoara Laticínios lançou a primeira edição do projeto de visitas guiadas pela fábrica, começando pelos nutricionistas.
Para apresentar os protocolos de segurança alimentar do leite longa vida, Marajoara Laticínios lançou a primeira edição do projeto de visitas guiadas pela fábrica, começando pelos nutricionistas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em média, 116,5 kg de leite são consumidos por habitante a cada ano no país, e essa quantidade tem aumentado a taxas de 1,2% ao ano. Segundo a instituição, a maior parte deste consumo se dá através do leite longa vida, que passa por pasteurização, esterilização e recebe uma embalagem asséptica e sem contato com a luz.

Graças a este processo, ele tem um prazo de validade de cerca de quatro meses antes de aberto, o que torna seu acesso mais prático para as famílias. Contudo, a falta de conhecimento sobre este processo de envase gera dúvidas acerca da pureza do leite longa vida. Um exemplo aconteceu ano passado, quando uma fake news sobre sua composição, publicada no Instagram, viralizou.

 

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Substâncias tóxicas como soda cáustica, água oxigenada e formol foram apontadas pelo autor do vídeo como responsáveis pelo leite permanecer válido por mais de uma semana na caixinha. Na época, diante da problematização, grandes veículos precisaram pautar o assunto para levar a informação verdadeira.

Para apresentar os protocolos de segurança alimentar do leite longa vida, Marajoara Laticínios lançou a primeira edição do projeto de visitas guiadas pela fábrica, começando pelos nutricionistas. “São profissionais importantes no processo de educação alimentar da população, por isso iniciamos esse projeto de relacionamento com este importante segmento, destacou Vinícius Junqueira, diretor de marketing da indústria de laticínios sediada em Hidrolândia (GO), que conduziu toda a apresentação do caminho do leite, desde a chegada das fazendas até a embalagem.

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Segundo ele, “a ação foi  realizada para que as convidadas pudessem conhecer melhor nossos processos de segurança alimentar”, disse o anfitrião do encontro.

Dos pastos até a mesa

O processo de envase do leite longa vida também é conhecido como UHT, uma abreviação do inglês para ultra-high temperature, ou seja: tratamento do leite com altas temperaturas. Durante a visita guiada, as convidadas puderam conhecer como se dá este processo na prática.

O leite in natura é recolhido de produtores rurais parceiros e armazenado em tanques com isolamento térmico, revestido por chapas de alumínio que conservam a temperatura. “O transporte do alimento é realizado por caminhões, e entre a ordenha até o leite chegar na fábrica, o prazo máximo é de 12 horas. Esse prazo deve ser respeitado pois o leite tem um período máximo de 24 horas até estar envasado, para que o consumo possa ser feito com segurança”, explicou Vinícius.

Imediatamente após a chegada do leite, uma amostra do carregamento é submetida à testagem de qualidade, e são realizadas 17 pesquisas no período de 2 horas. Caso o produto esteja dentro dos padrões, a descarga do leite a partir do caminhão é feita num tanque de resfriamento físico, e depois é encaminhado para a sala de pasteurização.

Esse é um procedimento térmico de tratamento do leite, em que ele é resfriado e aquecido simultaneamente por meio de um sistema de tubulações. Por um lado, a tubulação de água quente chega a 140°C; por outro, a de água gelada chega a 1°C, e esse processo elimina 85% das bactérias presentes no leite.

 

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Também, na sala de pasteurização, o leite passa pela centrífuga, um maquinário que regula o teor de gordura e define se aquele leite será integral, semidesnatado ou desnatado. Após esse processo, o alimento é direcionado para a sala de esterilização, onde são eliminados os outros 15% das bactérias que permaneceram após a pasteurização por meio de um processo de injeção de vapor.

Nessa etapa, uma tubulação de vapor quente que chega a 150° realiza a esterilização do leite por choque térmico, e logo em seguida, uma tubulação com água gelada recupera a temperatura de 26°C a 27°C do produto.

Na sala de esterilização também acontece a homogeneização do leite com a regulagem do seu nível de acidez. O leite UHT produzido na Marajoara é adicionado de 0,07g por litro para a regulagem da acidez. “Não há conservantes”, esclareceu Vinícius Junqueira.

Após essa etapa, o leite já é direcionado para o envase na caixa asséptica e sem contato com a luz. De acordo com o diretor de marketing da Marajoara Laticínios esse é o motivo de o leite durar quatro meses dentro da embalagem. “Como no envase são eliminadas 99,9% das bactérias, aquele leite só será contaminado depois que a embalagem for aberta. Após a violação do lacre, aquele produto tem validade de dois dias, já que teve contato com o ar e com as bactérias do ambiente”, diz Vinícius.

Informação alimenta saúde

Para a nutricionista Jocielle Fernandes, conhecer esse processo de envase é essencial para combater os modismos que circundam o consumo de leite. “Na visita pudemos atestar em cada etapa e entender que a durabilidade do leite está muito mais relacionada ao processo de esterilização do que com a adição de qualquer conservante. É importante que as pessoas saibam disso também para que não tomem decisões infundadas que podem prejudicar a saúde”, disse ela.

“Por conta da falta de conhecimento sobre a procedência do leite de caixinha, que é o tipo leite mais acessível para o consumo hoje, acreditar que o alimento não é seguro para o consumo ou possui muitos aditivos químicos é um caminho que muitas pessoas escolhem, mas essa crença não condiz com a realidade”, disse nutricionista Laura Biella, também presente na visita.

Já a nutricionista Maria Lemes ressalta os pontos que mais chamaram a atenção ao conhecer a indústria. “Foi muito interessante conhecer a fábrica de laticínios, e ainda mais ver a preocupação com a qualidade do produto, desde os testes em laboratório até o envase”.

 

O setor já vem conversando sobre a falta de previsibilidade do preço pago pelo litro do leite há alguns anos.

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No último ano, nesta época, a expectativa era de que seria um” ano de destaque” em termos de produção de leite no Brasil, e haveria um fortalecimento da produção de leite no Cone Sul. Este ano, o sentimento mudou.

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