O whey protein deixou de ser um produto restrito ao universo fitness e passou a ocupar espaço nas rotinas de quem busca saúde, praticidade e saciedade.
Seja no café da manhã, no lanche da tarde ou perto do treino, o suplemento à base de proteína do soro do leite virou sinônimo de nutrição rápida — e, com a popularidade em alta, surgiu uma dúvida que mobiliza consumidores de todas as idades: afinal, existe um melhor horário para tomar whey protein?
Para a nutricionista Carla Fiorillo, coordenadora de conteúdo da Puravida, a resposta começa com uma boa notícia: não há um “horário obrigatório”. Em vez disso, existe uma lógica que conecta metas pessoais, rotina e absorção dos nutrientes. “Se o objetivo principal é ganho de massa muscular e recuperação, o consumo próximo ao treino — seja antes ou logo depois — continua sendo o mais indicado. O whey é uma proteína de rápida absorção e rica em aminoácidos essenciais, especialmente a leucina, que estimula a síntese proteica”, explica.
Mas a história não para por aí. Nos últimos anos, estudos ampliaram o foco sobre o suplemento e mostraram que ele pode ter efeitos interessantes mesmo longe do horário de treino. Uma das evidências mais comentadas é sua capacidade de aumentar a saciedade quando consumido no início do dia. “Tomar uma dose de whey protein no café da manhã ou antes de uma refeição maior ajuda a reduzir picos de glicose e prolonga a sensação de saciedade. É uma estratégia útil para quem busca equilíbrio alimentar ou controle de peso”, completa a nutricionista.
Essa versatilidade fez com que o whey entrasse em mais momentos do cotidiano, especialmente para quem vive na correria. Como observa Fiorillo, “o que realmente importa é o total de proteína ao longo do dia”. Ela ressalta que o corpo precisa de uma distribuição constante desse nutriente, e o whey surge como uma ferramenta prática, mas não substitui uma alimentação variada. “O ideal é que o uso seja orientado por um profissional, considerando rotina, tipo de treino e os objetivos individuais”, reforça.
Outro ponto que impulsiona o consumo é a mudança no perfil de quem compra o produto. Se antes o whey protein era visto como acessório de quem treinava pesado, hoje ele aparece na mesa de quem busca energia, foco e até melhor controle glicêmico. O mercado também respondeu: versões mais naturais, sem adoçantes artificiais ou aditivos, cresceram entre consumidores que priorizam escolhas funcionais e limpas.
E há ainda um fator cultural. O suplemento virou protagonista nas redes sociais, ganhando espaço em receitas rápidas como panquecas proteicas, cafés cremosos, pudins e shakes caseiros. Essa “culinária do whey” facilitou o consumo para quem prefere variar as formas de uso e evitar monotonia.
Seja qual for a motivação, o consenso entre profissionais é simples: o whey protein funciona melhor quando combinado a hábitos consistentes. Isso inclui sono adequado, hidratação, treino bem planejado e refeições balanceadas. “Não adianta só tomar whey. Ele é um complemento que potencializa uma base saudável”, destaca Fiorillo.
Enquanto isso, entre dúvidas e rotinas aceleradas, o whey continua firme — e cada vez mais presente — no cotidiano de quem deseja mais praticidade sem abrir mão de nutrição. E, para o público que lê esta reportagem durante a pausa do fim de tarde, fica o recado dos especialistas: antes de se preocupar com o relógio, vale olhar para a intenção por trás do shake. Um suplemento simples pode ser um grande aliado quando encaixado no contexto certo.
*Escrito para o eDairyNews, com informações de Terra
