Na assembleia realizada pela Languiru na manhã desta quinta-feira (11) foi apresentado o plano de recuperação da cooperativa. Os consultores Fábio Delsin e Tássia Gerbasi, da empresa paulista Markestrat, relataram que num cenário mais positivo, a dívida poderá ser paga de sete a 11 anos. Além disso, frisaram que a produção de leite e aves são as principais fontes de renda que podem auxiliar na retomada.
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Tássia destaca a importância do plano. “O plano está composto por duas frentes. Uma é o crescimento dos negócios da cooperativa e a outra é o modelo de pagamento da dívida. Dentro do crescimento dos negócios, a gente avaliou quais são os negócios que têm mais potencial de crescimento e geração de caixa, que vão trazer mais resultado a médio e longo prazo.
Dentro do plano de pagamento, a gente trabalha com níveis de desagio, dívida e renegociação das taxas que estão colocadas na dívida. O cruzamento disso tudo chega em alguns cenários que mostram quanto tempo, tomando como base essas premissas, a cooperativa leva para pagar essa dívida. No cenário mais positivo, a gente chega num tempo de 7 a 11 anos”, explica.
Entretanto, se este cenário positivo não se confirmar, Delsin alerta que o pagamento poderá levar três décadas, por isso seria importante instigar ainda mais a produção de leite e de aves. “As principais fontes de renda da cooperativa são o leite, que não demanda caixa de saída, tem uma visão diária de negócio, gera caixa para a cooperativa e tem um impacto já relevante de início da capacidade de pagamento das dívidas; e depois as aves.
É importante a Languiru voltar a fomentar a produção de aves e voltar a abater mais aves ao longo do tempo. Estes são os dois principais negócios seguidos por ração”, relata.
“Em outro cenário, se a Languiru não conseguir crescer nos negócios de leite e aves, ao longo do tempo, tem outro cenário de pagamento que demora mais tempo.
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Até 30 anos, por exemplo, se a cooperativa continuar nos volumes que ela trabalha hoje. Por isso a importância de crescer os negócios e conseguir ter um plano de pagamento. As dívidas de sete a 11 anos são num cenário de crescimento”, observa.
Os consultores ainda alertaram que é importante o cooperado entregar maiores volumes de produção de leite, por exemplo, para fazer com que a cooperativa tenha maior geração de caixa e pague as dívidas.