O Guilherme é a segunda geração da família que viu no laticínio uma chance de gerar emprego e renda. O estabelecimento fica a mais de 8 quilômetros do centro de Altamira, na região sudoeste do Pará. Por semana por aqui são pasteurizados cerca de 12 mil litros de leite.
“A gente atende o comércio local, escolas, a área da saúde.”, afirma o empresário Guilherme Henrique Borges.
Atento às recomendações da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), antes de iniciar o processo de pasteurização, o leite ordenhado nos municípios vizinhos como Brasil Novo e Anapu vai para um tanque de armazenamento para depois passar por um rigoroso controle de qualidade.
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“É feito mais de 16 análises para saber se o leite tem sangue, pois quando a vaca pare ela libera sangue como anticorpos para o bezerro. Verifica-se se tem pus por conta de mastite, o objetivo aqui é a qualidade. (…) Que se o leite não tiver condições boas, ele talha quando passar pelo pasteurizador, o equipamento não aceita.”, explica Guilherme Henrique.
Após essa importante etapa, o leite vai para outro tanque de equilíbrio do pasteurizador que ao chegar em 74 graus dispara indicando que começa o processo de pasteurização, um tratamento térmico que elimina os microorganismos termossensíveis.
“Após o processo de assepsia nos equipamentos o leite desce do tanque de resfriamento através de uma mangueira por gravidade. Chegando aqui, essa bomba de sucção vai fazer o leite seguir todo o circuito no pasteurizador. Depois ele passa por um cilindro onde tem um filtro, tudo é muito rápido, são 18 segundos para ser filtrado.”, explica.
“Depois o leite passa pelas placas chamadas de colmeia e aí em seguida para as de resfriamento em uma temperatura de dois graus. Após o resfriamento, ele vai cair dentro do tanque pulmão do pasteurizador, aqui já está pasteurizado sem nenhum tipo de contaminação. Aí essa bomba de sucção joga o leite para o tanque de equilíbrio da empacotadeira.”, afirma Guilherme.
Tudo é muito rápido. Mas aqui as máquinas e o trabalho humano precisam ser aliados. Por hora, mil e quarenta litros são pasteurizados e depois os pacotes vão para a câmara de resfriamento com temperatura entre 2 e 5 graus.
São mais de 70 laticínios registrados na Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, o que garante o beneficiamento de cerca de 33 milhões de litros de leite. Inclusive um desses estabelecimentos é o da família Borges que conseguiu o selo industrial no ano de 2015.
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Esse número de produção de leite é anual no estado que ocupa o segundo lugar na pecuária brasileira com mais de 26 milhões de cabeças de gado. Aqui para projeto familiar foi necessário a implantação de sistema de energia solar e reutilização da água que não tem contato com o leite, mas refrigera a placa usada na pasteurização.
Para o futuro, a expectativa é também produzir queijo e manteiga. Atualmente são 4 funcionários que atuam na indústria, um deles é o Isaelson das Neves que a quase uma década trabalha em laticínio. “A gente se sente lisonjeado em chegar e encontrar o produto que a gente fabrica.”, afirma o funcionário.