A produção de leite no Rio Grande do Sul apresentou um aumento nos últimos dois meses, impulsionada pela boa oferta de volumoso nas pastagens anuais de inverno, conforme o Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (15) pela Emater/RS-Ascar.
A melhora nas pastagens, resultado das recentes precipitações, permitiu aos produtores aumentar a oferta de silagem, mesmo que a necessidade de limitar o tempo dos rebanhos nas pastagens devido ao barro tenha se tornado um desafio. As chuvas também dificultaram a higiene na ordenha, levantando preocupações com doenças e com a qualidade do leite.
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Por outro lado, em Erechim, o tempo seco e frio facilitou o manejo, especialmente em sistemas extensivos, e ajudou a reduzir os casos de mastite. Situação semelhante foi observada em Frederico Westphalen, onde dias ensolarados beneficiaram o desenvolvimento das culturas e o bem-estar dos animais, mantendo a produção de leite estável, apoiada pelo uso de ração e silagem.
Em Ijuí, a produção de leite continua estável, embora os custos de produção tenham aumentado ligeiramente devido ao encarecimento dos componentes da ração.
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Na região de Passo Fundo, os rebanhos em lactação apresentam bom estado nutricional, e o manejo sanitário segue dentro da normalidade. A alimentação dos animais tem sido ajustada conforme as categorias, o que, junto com a maior oferta de volumosos, tem contribuído para o aumento do volume de leite produzido.
Em outras regiões do estado, como Porto Alegre e Pelotas, as condições climáticas adversas têm impactado negativamente a condição corporal dos rebanhos e o desenvolvimento das pastagens, mesmo com o uso de adubação em cobertura.
Santa Maria, por sua vez, registra uma recuperação gradual do rebanho após um período de déficit nutricional no outono, enquanto Santa Rosa foca na oferta de alimentos ricos em fibras para prevenir diarreias no rebanho. Na região de Soledade, a escassez de volumosos persiste, aumentando a dependência de alimentos conservados e elevando os custos de produção.