Os pequenos negócios dominam o cenário lácteo no Maranhão, representando mais de 90% das empresas no setor de leite e derivados.
Empresas, Atividades que fomentem a troca de conhecimentos, tecnologias e inovações na produção de leite e derivados fortalecem a cadeia produtiva, impulsionando os negócios do segmento.
Atividades que fomentem a troca de conhecimentos, tecnologias e inovações na produção de leite e derivados fortalecem a cadeia produtiva, impulsionando os negócios do segmento.
Na contramão do cenário nacional, no qual empresas de médio e grande porte, juntas, são maioria entre os negócios ligados ao mercado de laticínios e derivados, no Maranhão 96,76% do total dos empreendimentos do setor são micro e pequenas empresas.

Segundo relatório do Sebrae, dos 865 negócios ativos no estado, 538 são microempreendedores individuais (MEI), 248 são microempresas (ME), 51 são empresas de pequeno porte (EPP) e apenas 26 são de médio ou grande porte. No país, há 103.506 empresas ativas no segmento, sendo 24.701 MEI, 14.380 ME e 2.628 EPP, totalizando 41.709, e 61.622 de médio e grande porte, somadas.

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O estado é a 9ª unidade federativa com maior volume de exportações de leite e derivados do Brasil, com 59.659 kg, e ocupa a 10ª posição em maior valor, movimentando US$ 126.684 (FOB) neste ano, até julho, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Também tem sido observado incremento no valor das exportações de leite e derivados a partir de 2021, subindo fortemente em 2022 (+51% em relação ao ano anterior).

Na avaliação do gerente da Unidade de Competitividade do Sebrae no Maranhão, José Noleto Oliveira, os dados sugerem um grande potencial de crescimento do setor no estado, apesar dos desafios de infraestrutura que a atividade ainda enfrenta.

“Os principais produtos dessa cadeia são o leite in natura e os queijos artesanais. Os pequenos negócios, dentro desse cenário, têm grandes oportunidades, visto que, no estado do Maranhão, a maioria das propriedades são de produtores familiares. Para esses pequenos negócios, vemos grandes perspectivas com a marca de produtos artesanais, que é muito valorizada hoje pelo consumidor”, analisa o gestor.

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Ele recomenda aos pequenos produtores do segmento a organização em associações e cooperativas, de maneira a aumentar o poder de barganha na negociação com fornecedores e possibilitar a realização de compras e vendas coletivas, e a participação em atividades que promovam aprimoramento contínuo. “Não pode tirar o foco de capacitação e de treinamento.

Eles precisam estar sempre se atualizando, sempre buscando novidades. O consumidor maranhense é ávido por novidades, mas sempre com qualidade, sempre com criatividade”, conclui Noleto.

ENEL — Atividades que fomentem a troca de conhecimentos, tecnologias e inovações na produção de leite e derivados fortalecem a cadeia produtiva, impulsionando os negócios do segmento.

Um exemplo é a 18ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (ENEL), evento que vai reunir produtores, empresários e especialistas do setor lácteo nos dias 1º a 4 de setembro, em São Luís, durante a Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema).

É a primeira vez que a capital maranhense recebe o evento, que ocorre pela segunda vez no estado. Em 2012, o ENEL aconteceu no município de Imperatriz.

A ação está atraindo empreendedores como Filipe Pantoja, que enxerga no ENEL uma oportunidade para mostrar ao Nordeste a qualidade do queijo maranhense. Ele é proprietário da empresa maranhense Laticínio Sertão, do município de Colinas, que produz artesanalmente o Queijo Sertão, com coalho bicampeão no Prêmio Queijo Brasil, realizado em Blumenau/SC.

Este ano, no mesmo concurso, também venceu na categoria Ricota Fresca e recebeu medalha de prata nas categorias Minas Frescal e Coalho Orégano. “Ficamos na frente de outros estados do Nordeste que têm tradição na produção de queijo, como Pernambuco e Sergipe”, avalia Pantoja.

 

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Ainda segundo ele, a parceria com o Sebrae tem sido fundamental para o sucesso do negócio. A instituição o apoia desde os seus primeiros passos como empreendedor, momento em que contratou consultoria para criação da marca e rótulos, com subsídio de 70% via programa Sebraetec.

“Essa parceria existe sempre. O Sebrae tem feito vários treinamentos em termos de qualidade. De lá para cá, nunca deixamos de estar fazendo um trabalho junto ao Sebrae, e acho que isso nos ajudou muito a chegar onde chegamos”, afirma.

Apoio — O XVIII ENEL conta com o apoio institucional da Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (Ascem), Sindicato das Indústrias de Leite do Maranhão (Sindileite), Governo do Maranhão, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Prefeitura de São Luís, Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ministério da Agricultura e Pecuária.

O setor de alimentos e bebidas possui 59 empresas entre as 1000 maiores do país.

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