A produção de leite e derivados no Brasil tem passado por uma transformação significativa nos últimos anos, com aumento na eficiência, modernização das fazendas e ampliação de investimentos industriais.
"Qual é o queijo mais velho do mundo?"
A produção de leite e derivados no Brasil tem passado por uma transformação significativa nos últimos anos, com aumento na eficiência, modernização das fazendas e ampliação de investimentos industriais.

O setor leiteiro se destaca não apenas pelo crescimento do volume produzido, mas também pela melhoria na qualidade do leite e a diversificação dos produtos.

A modernização nas práticas agropecuárias e o envolvimento de cooperativas impulsionaram esse desenvolvimento, atraindo grandes indústrias e gerando novas oportunidades de emprego.

 

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Com um mercado cada vez mais competitivo, os produtores têm adotado tecnologias avançadas e modelos de gestão empresarial, o que resultou em um salto de produtividade e na oferta de novos derivados, como queijos finos, leite em pó e whey protein.

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Esses avanços contribuem para o fortalecimento do setor agroindustrial e para a criação de um ciclo sustentável que beneficia tanto os produtores quanto os consumidores. Crescimento expressivo da produção

De acordo com a Pesquisa Trimestral do Leite do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná alcançou um crescimento significativo no volume de leite industrializado. Entre 2018 e 2023, o volume passou de 3,09 bilhões para 3,65 bilhões de litros, consolidando o estado como o segundo maior produtor do Brasil. Esse crescimento não apenas colocou o Paraná à frente do Rio Grande do Sul, mas também reduziu a distância para Minas Gerais, que lidera a produção nacional.

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Esse avanço é resultado direto de uma transformação nas propriedades rurais do estado, que adotaram um modelo empresarial de gestão e passaram a utilizar tecnologias de ponta para otimizar a produção. A qualidade do leite também se destacou, fruto de boas práticas agropecuárias e da predominância de raças especializadas, como a holandesa e a jersey, no rebanho local.

A adoção de tecnologias modernas foi fundamental para aumentar a produtividade das propriedades leiteiras no Paraná. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), diversas inovações foram incorporadas à rotina dos produtores, incluindo sistemas de manejo intensivo, técnicas avançadas de reprodução e aprimoramento da nutrição animal.

 

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Essas melhorias permitiram que a produtividade média por vaca aumentasse de 10,21 litros diários, em 2017, para 15,28 litros em 2023. Além disso, a utilização de silagem de alta qualidade e a adubação eficiente das pastagens garantiram melhores condições para os animais, resultando em um leite com maior valor nutricional e aceitação no mercado.

A introdução de tecnologias também facilitou a logística e a comercialização do leite, otimizando o transporte e garantindo que os produtos cheguem com qualidade aos mercados consumidores. A presença de cooperativas fortes no estado contribuiu para a implementação dessas inovações, promovendo o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva.

Nos últimos anos, o Paraná atraiu investimentos significativos no setor de laticínios, fortalecendo ainda mais sua posição no mercado nacional. Desde 2019, o total investido pelas indústrias do setor ultrapassou R$ 1,2 bilhão, abrangendo a construção de novas fábricas e a expansão de plantas existentes.

 

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Um dos principais investimentos foi realizado pela Unium, consórcio formado pelas cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal, que aplicou R$ 460 milhões na construção de uma queijaria em Ponta Grossa. A Unium também está investindo R$ 450 milhões em uma nova planta de leite em pó em Castro, consolidando-se como o segundo maior produtor de laticínios do Brasil.

Outro destaque é a Tirol, que escolheu Ipiranga para instalar sua primeira unidade fora de Santa Catarina. A planta, que recebeu um investimento de R$ 152 milhões, tem capacidade para processar 600 mil litros de leite por dia, com possibilidade de dobrar sua produção. Já a Piracanjuba está construindo uma fábrica de queijos em São Jorge D’Oeste, com um investimento de R$ 80 milhões, reforçando a presença do Paraná no mercado de queijos.

 

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O crescimento da cadeia leiteira no Paraná não apenas impulsionou a produção e a diversificação de produtos, mas também teve um impacto positivo na geração de empregos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e agosto de 2023, a indústria de laticínios do estado criou 461 novas vagas, um aumento de 3,49% no estoque de empregos.

Esse desempenho é superior ao de outros estados produtores, como Minas Gerais e São Paulo, e demonstra a recuperação e expansão do setor. Em agosto, o Paraná registrou 219 novas contratações no segmento, representando 24% de todas as admissões na indústria de laticínios do país.

 

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Além de fortalecer o mercado de trabalho, a produção de leite no Paraná gerou um faturamento expressivo em 2023, alcançando R$ 11,3 bilhões. Esse valor corresponde a 5,74% da produção agropecuária do estado e coloca o leite como a terceira cultura mais lucrativa, atrás apenas da soja e do frango de corte.

As cooperativas desempenham um papel central no sucesso da cadeia leiteira paranaense, oferecendo assistência técnica, apoio na comercialização e acesso a crédito para os produtores. Segundo o IDR-Paraná, 54% dos produtores de leite do estado são membros de cooperativas, e 28% estão ligados a associações de produtores.

Essas organizações têm ajudado a modernizar as propriedades e garantir a compra do leite a preços justos e transparentes. O diretor de operações da Cooperativa Witmarsun, Rafael Wollmann, destacou que a adoção de novas tecnologias e a otimização dos processos produtivos têm permitido que os produtores ofereçam leite de alta qualidade com menores custos.

A cooperação entre produtores e cooperativas também possibilitou a expansão da produção de queijos finos e leite ensacado, com produtos premiados nacionalmente. A parceria com as cooperativas tem sido essencial para manter a sustentabilidade e a competitividade da cadeia leiteira do estado.

A produção de leite tem se consolidado como um dos pilares da economia paranaense, especialmente em regiões como os Campos Gerais. O município de Castro, por exemplo, aumentou sua produção em 55% e hoje é o maior produtor nacional de leite, com 454 milhões de litros anuais. Na agricultura local, o leite representa 30% do Valor Bruto da Produção (VBP), totalizando R$ 1,1 bilhão em 2023.

Outro município de destaque é Carambeí, também nos Campos Gerais, onde o leite corresponde a quase um terço do VBP municipal, alcançando R$ 692 milhões em 2023. Com uma produção anual de 269 milhões de litros, Carambeí ocupa a segunda posição no ranking nacional.

O sucesso dessas regiões é um reflexo da organização dos produtores e da eficiência das cooperativas, que garantem a sustentabilidade e a expansão da produção leiteira no estado.

Desde apoiar a perda de peso até ser uma fonte de proteína, onde estão os bolsões de inovação para as marcas de laticínios em 2025?

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