Desde apoiar a perda de peso até ser uma fonte de proteína, onde estão os bolsões de inovação para as marcas de laticínios em 2025?
Laticínios. Há um crescente interesse por sabores e formatos inovadores, a transparência sobre a origem e declarações ambientais, e a fusão entre tecnologia e agricultura.
Há um crescente interesse por sabores e formatos inovadores, a transparência sobre a origem e declarações ambientais, e a fusão entre tecnologia e agricultura.

A empresa de inteligência de mercado Mintel divulgou recentemente seu relatório sobre tendências globais de alimentos e bebidas para 2025, destacando os fatores que provavelmente irão moldar o comportamento dos consumidores e a inovação de produtos no setor alimentício.

 

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A Mintel apontou que soluções de perda de peso serão uma das influências mais fortes na percepção dos consumidores em relação a alimentos saudáveis. Além disso, ressaltou o crescente interesse por sabores e formatos inovadores, a transparência sobre a origem e declarações ambientais, e a fusão entre tecnologia e agricultura.

Valor nutricional

Segundo a Mintel, as marcas de laticínios que se adaptarem à demanda de consumidores focados na saúde — incluindo um novo público que utiliza produtos associados à perda de peso, como o Ozempic — terão mais chances de sucesso.

Apostar em alegações simples e diretas sobre o valor nutricional, destacando o papel das gorduras e dos carboidratos junto às proteínas e fibras, é uma abordagem promissora. Em termos de formatos, produtos como iogurtes em embalagens individuais, que promovem saciedade, estão bem alinhados a essa demanda.

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Alegações funcionais

Produtos com alegações funcionais estão em alta, mas os consumidores se mostram cada vez mais críticos em relação a eles. David Faulkner, diretor de alimentos e bebidas da Mintel, comentou: “Os consumidores estão expostos a produtos e mensagens de marketing que destacam a ‘saúde intestinal’, mas estão mais céticos quanto a essas promessas amplas.”

Por exemplo, 73% dos consumidores alemães com problemas digestivos acreditam que existem muitos produtos que dizem ser bons para a saúde intestinal. Marcas de iogurte que visam ser uma opção para digestão precisam simplificar suas mensagens e focar em problemas imediatos, como inchaço, cólicas, constipação e diarreia. Identificar causas como menstruação, consumo de álcool ou estresse, e oferecer soluções que tratem essas questões específicas, pode fortalecer a posição da marca.

 

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Proteínas e fibras

O iogurte proteico continua a dominar o cenário de alimentos nutricionalmente densos. No entanto, essa categoria deixou de ser exclusiva de consumidores esportivos, ganhando o interesse do público em geral. Esse movimento cria novas oportunidades para as marcas.

David Faulkner destaca que “os consumidores têm mais apetite por proteínas, e marcas globais estão ampliando a atratividade do iogurte proteico, tornando-o mais saboroso e acessível.” Agora, esses iogurtes são lançados por marcas de uso cotidiano, e não por marcas especializadas, e contêm menos proteína (menos de 10g por 100g) do que os tradicionais iogurtes de alta proteína.

Adicionar fibras prebióticas aos produtos lácteos também melhora o valor nutricional. “Iogurtes com alta proteína e fibras promovem saciedade sem aumentar o açúcar no sangue, atraindo tanto consumidores focados na perda de peso quanto aqueles que buscam lanches ‘amigáveis ao diabetes’”, acrescenta Faulkner. O controle de açúcar no sangue está emergindo como uma medida preventiva holística para a saúde.

Inovação em queijos

À medida que os consumidores exploram combinações inusitadas de sabores e texturas, Faulkner enxerga oportunidades para as marcas de queijos, incluindo as produtoras tradicionais.

“O queijo é destaque em tendências virais nas redes sociais que transformam os hábitos alimentares dos jovens ao unir lanches e refeições, desafiando o conceito de refeição tradicional,” explica.

A tendência da Mintel, chamada de ‘Rebeldia nas Regras’, aponta que os consumidores continuarão gostando de quebrar regras em suas escolhas alimentares, e as marcas de queijos podem incorporar essa transgressão em suas campanhas com um toque de humor, ganhando destaque em relação às marcas tradicionais. “Edições limitadas, sabores inusitados e co-branding são estratégias que ajudam as marcas de queijo a romper com normas antiquadas.”

Traduzido e adaptado para eDairyNews Brasil.

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