O mercado do leite no Brasil segue pressionado, com o pagamento ao produtor em novembro (referente ao leite entregue em outubro) apresentando estabilidade ou leve alta em relação a setembro, quando o preço médio chegou a R$ 2,86 por litro.
Segundo Glauco Carvalho, economista da Embrapa Gado de Leite, o setor sofre com aumento dos custos de produção, afetados pela seca prolongada e pela alta nos preços de insumos e mão de obra.
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A produção nacional registrou crescimento em outubro, após a retomada das chuvas, e a oferta aumentada junto com a demanda retraída pelos consumidores ajudou a frear os preços. No entanto, os custos de produção continuam a subir, o que pode pressionar margens em 2024, especialmente para produtores de menor porte.
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No cenário externo, as importações de leite seguem elevadas, com volumes mensais entre 170 e 180 milhões de litros, segundo dados da Embrapa. A tentativa de reduzir importações, limitando as compras feitas por laticínios, redirecionou a demanda para varejistas e indústrias de alimentos, que mantiveram o volume importado em alta.
Para Carvalho, o cenário atual exige atenção dos produtores quanto à competitividade e eficiência da produção, principalmente com o aumento de custos e a forte concorrência com leite importado.