E atenção, muita atenção os companheiros e companheiras produtores brasileiros que tão aí na frente da televisão esperando o noticiário e o nosso comentário a respeito do andamento da negociação no mercado internacional do leite e dos seus principais derivados, a novidade que tem pra ser contada é que o vento agora tá mudando de lado.
O caso passado foi que, depois de começar o ano com uma ligeira queda, no segundo leilão deste janeiro presente na GDT, a Global Dairy Trade, realizado na terça-feira passada, 21, o preço médio dos produtos apresentados pra venda voltou a subir, chegando a US$4.146 por tonelada. Em relação ao que tinha sido registrado no pregão anterior, acontecido duas semanas antes, este valor representou um aumento, ainda acanhado, de 1,4%.
Pois a alta até que podia ter sido um pouco maior, porque ela foi o resultado de uma conjuminação perfeita entre a oferta mais estreita e a demanda mais alargada. Repare a amiga fazendeira que o volume de derivados negociados agora foi de 27.785 toneladas, com uma substanciosa queda de 7,9%, fazendo sempre a mesma comparação, né.
A explicação pra este apertamento é esta época atual do ano, quando a produção diminui naturalmente em alguns dos principais fornecedores do mercado internacional.
Ao mesmo tempo, com o janeiro já no seu trecho derradeiro e o mundo voltando pro seu roteiro costumeiro, os maiores importadores do mundo, com a China puxando a banda, já tão comprando mais e se preparando pra dar atendimento à previsão de aumento do consumo da sua população.
Já a maior alta foi do leite em pó integral, justamente o derivado mais negociado na GDT, que subiu 5%, pra US$3.988.
Já a respeito de como estes resultados devem influenciar o mercado aqui no nosso terreiro, o pessoal do Portal Milkpoint faz primeiro a recordação de que tudo o que a gente compra vem da Argentina e do Uruguai, mas assim mesmo esta alta geral lá no estrangeiro e mais a questão cambial, com o dólar muito valorizado em relação ao real, vão continuar encarecendo o leite e seus derivados e desfavorecendo as importações da indústria laticinista e dos distribuidores atacadistas brasileiros.