A Conaprole fechou um acordo com uma empresa chinesa que pode impulsionar as exportações de lácteos.
As exportações de produtos lácteos conseguiram se recuperar após um período difícil devido a desafios na receita e problemas sindicais. Em fevereiro, os embarques para o exterior registraram um aumento de 39% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com os Estados Unidos desempenhando um papel fundamental.
Segundo dados da Aduana, o total de pedidos de exportação de lácteos em fevereiro foi de 19.500 toneladas, resultando em uma receita de US$ 72 milhões para o setor. Esse volume representa um crescimento expressivo em relação a fevereiro do ano passado, quando foram exportadas 15 mil toneladas, totalizando US$ 52 milhões.
Preços e principais destinos
O preço médio de exportação também apresentou uma variação positiva, chegando a US$ 3.670 por tonelada, enquanto no mesmo período de 2024 o valor era de US$ 3.370 por tonelada.
No ranking dos destinos, Argélia liderou com 34% de participação, importando 6.000 toneladas de leite em pó integral a um preço médio de US$ 4.001 por tonelada. Em seguida, o Brasil ficou com 29% de participação, comprando 3.800 toneladas a um preço de US$ 3.790 por tonelada.
A surpresa do mês foi os Estados Unidos, que subiram para a terceira posição com 6,5% de participação, representando quase US$ 5 milhões em exportações. O país importou 950 toneladas, com um preço médio de US$ 4.210 por tonelada.
Um começo de ano instável
O primeiro relatório do ano, referente a janeiro, elaborado pelo Instituto Nacional do Leite (INALE), indicou uma queda de 3% nas exportações em relação ao mesmo período do ano anterior. Em janeiro, foram exportadas 15.000 toneladas de leite em pó e manteiga, totalizando US$ 79,8 milhões em faturamento.
O leite em pó integral foi o produto que mais faturou, atingindo US$ 51,7 milhões, uma queda de 2% em relação ao ano anterior, com um preço médio de US$ 3.713 por tonelada. O volume total exportado foi de 13.921 toneladas, uma redução de 12% na comparação anual.
A manteiga foi o segundo produto mais exportado, com um faturamento de US$ 9,1 milhões, marcando um crescimento de 55% na comparação interanual. O preço médio foi de US$ 6.331 por tonelada, um aumento de 32% em relação a janeiro de 2024 e 39% acima de dezembro de 2024. No total, foram exportadas 1.442 toneladas, um aumento de 17% interanual.
Já os queijos registraram um faturamento de US$ 8,7 milhões, representando uma queda de 30% em relação a janeiro do ano passado. O preço médio foi de US$ 4.826 por tonelada, uma redução de 2% na comparação anual e 3% a menos que no mês anterior. O volume exportado foi de 1.798 toneladas, uma queda de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior.