A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), Ana Valentini, esteve reunida na última terça-feira (16/07) com líderes do setor leiteiro,

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), Ana Valentini, esteve reunida na última terça-feira (16/07) com líderes do setor leiteiro, que estão em Juiz de Fora, para o Minas Láctea. Estiveram presentes ao encontro cerca de 30 autoridades, representando sindicatos, associações de produtores, investidores e líderes de instituições públicas e privadas.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, que organizou a reunião, disse que o objetivo do encontro foi apresentar à secretária as oportunidades de parceria com o Governo de Minas e a necessidade de atuação conjunta neste novo cenário de Food Tech. “Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, com cerca de um terço do volume nacional. Trata-se de uma atividade muito importante para a economia do estado e do país e queremos trabalhar juntos com o Governo de Minas para resolver os problemas do setor”, disse Martins.

Ele destacou a necessidade de articular as instituições para enfrentar transformações no mercado, como a crescente oferta de alimentos veganos e também alimentos sintéticos, feitos em laboratório. “Temos em Minas Gerais um conjunto de empresas, entidades e universidades que precisam se conectar e trabalhar juntas nesse novo mundo e a Secretaria de Agricultura pode cumprir esse papel de articulação. Num raio de 300 km de Juiz de Fora, cidade sede da Embrapa Gado de Leite, está o metro quadrado mais caro do setor, que é a inteligência do leite, com potencial para desenvolver soluções tecnológicas inovadoras para alimentos”.

A secretária ouviu reinvindicações das entidades ligadas ao leite. “As demandas são variadas: tributárias, do setor de regularização e relativas à adoção de mecanismos para impulsionar as exportações. Vamos levar para as equipes da Seapa e avaliar de que forma podemos contribuir”, afirma a secretária. Também cobrou ações dos produtores. No caso do queijo artesanal, por exemplo, Ana Valentini disse que as exigências legais são muito pequenas e buscam atender também às exigências dos consumidores e a segurança alimentar. “É necessário que haja normas para garantir a qualidade do queijo artesanal e que o IMA fiscalize o cumprimento dessas normas, do contrário o IMA não teria razão de existir”, defendeu a secretária. “Não é difícil regularizar os produtos artesanais e o estado não deve flexibilizar mais nessa questão”.

Os presidentes da ABCGIL, Evandro Guimarães e, da Girolando, Odilon Resende, destacaram a importância social do leite, como grande empregador e fixador do trabalhador no meio rural. A secretária concordou que “é papel do estado garantir as condições para o aumento da produtividade e a permanência do homem no campo, mas que a economia é dinâmica e se o produtor não tiver lucratividade, fatalmente irá sair da atividade leiteira”.

Evandro Guimarães destacou que as ações que visam o aumento da produtividade devem ser dirigidas a todas as faixas de produtores. Neste sentido o presidente da ABCGIL defendeu o aumento dos recursos públicos para a ciência e tecnologia.  “O Brasil trata com grande desleixo os recursos destinados à ciência, principalmente à pesquisa agropecuária. É importante que o setor produtivo e o estado de Minas, como grande produtor agropecuário, juntem forças para que sejam mantidos os investimentos em pesquisa”.

Ao final da reunião, o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), João Lúcio Carneiro, destacou o papel da Embrapa em unir pessoas e entidades, além de ser uma referência em pesquisa e inovação na agricultura:  “Pensar no futuro é pensar em inovação; o mundo está muito ágil e quem inova, sai na frente. A Embrapa tem capacidade para ser o grande articulador do setor e esse evento é prova disso”.

Minas láctea – Referência em difusão de tecnologias sobre leite e derivados e na apresentação de novos produtos, equipamentos e maquinário, o Minas Láctea engloba cinco dos principais eventos do setor laticinista na América Latina: Congresso Nacional de Laticínios; Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq); Exposição de Produtos Lácteos (Expolac); Concurso Nacional de Produtos Lácteos e Semana do Laticinista. As atividades acontecem no Expominas e no Instituto de Laticínios Cândido Tostes, em Juiz de Fora (MG). O evento teve início no dia 16 e vai até o dia 18 de julho. O horário de visitação é de 14h às 21h.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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