Demanda pelos lácteos, especialmente leite, foi diretamente atrelado ao pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia.
Produção de leite / CNN

A queda das vendas nos supermercados indica que o consumo de leite cairá até 10% em 2021 e o ano deve terminar com o pior desempenho da história para o setor. A projeção é da Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV) que espera processar cerca de 6,5 bilhões de litros de leite tipo UHT, que é vendido em caixa tipo longa vida.

Com esse resultado, a média do consumo anual por brasileiro deve cair quase 3 litros na comparação com 2020. “Há 25 anos o setor crescia ano após ano, e devemos terminar o ano com retração entre 8% e 10%. É uma queda assustadora”, diz o presidente da ABLV, Laércio Barbosa. A estimativa de contração do setor foi antecipada pelo “Valor Econômico” e confirmada ao CNN Brasil Business.

A série histórica da entidade mostra apenas um ano com queda das vendas: 2018, quando houve a paralisação dos caminhoneiros. Mesmo assim, aquela retração foi mais modesta, de 2%. Barbosa atribui a queda do consumo neste ano à queda da renda do brasileiro, especialmente com o fim do auxílio emergencial, e também ao aumento dos custos e preços do setor.

“Desde o início da pandemia, o preço dos lácteos subiu cerca de 30%, basicamente quase tudo no ano passado. Mesmo assim, as vendas seguiram firmes no ano passado por causa do auxílio emergencial”, diz.

O queijo é, sem dúvida, um dos alimentos mais tradicionais e deliciosos que existem, e só de falar nele já ficamos com água na boca.

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