Revisão do regime tributário, linhas de crédito rural, política de fomento à produção leiteira e acesso aos recursos do Fundoleite são alguns dos principais pedidos do setor lácteo ao futuro governo do Rio Grande do Sul.

As pautas constam de documento entregue nesta terça-feira (18) aos candidatos ao Palácio Piratini, Eduardo Leite (PSDB) e Onix Lorenzoni (PL).

Lideranças dos produtores e das indústrias se reuniram com os candidatos em nome do Conseleite na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag), em Porto Alegre (RS). Segundo o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, é essencial olhar para a questão social que envolve a produção leiteira e adotar ações que inibam a volatilidade dos preços e evitem a evasão de milhares de produtores da atividade.

“Nosso estado perde em competitividade em função da carga tributária e de problemas logísticos que dificultam o escoamento da safra, uma vez que apenas 40% do leite produzido no Rio Grande do Sul é consumido em solo gaúcho”, disse. Ele defende ainda a necessidade de coibir as importações e estimular as exportações de lácteos.

O presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e o secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, entregaram aos candidatos documento com dados sobre a produção gaúcha e a fundamentação do impacto do FAF no setor lácteo do RS.

Pela manhã, o encontro foi com o ex-ministro Onix Lorenzoni. Às lideranças, ele prometeu trabalhar para baixar impostos, por políticas de concessão de crédito e sinalizou que manterá um canal direto para receber as demandas do setor. Adiantou que pretende fortalecer a ação do Banrisul em linhas de crédito agrícola e buscar a consorciação de atividades nas propriedades rurais, integrando o leite a outras atividades, como a piscicultura e a silvicultura. “Iremos acompanhar a situação do setor e ver o que precisamos fazer para enfrentar a burocracia.”

À tarde, foi a vez do candidato Eduardo Leite apresentar seus projetos ao setor. Indicou que vê duas frentes a serem adotadas: destravar o acesso ao Fundoleite para viabilizar investimentos e buscar novos mercados consumidores para os lácteos gaúchos, tanto dentro do Brasil quanto via incentivo às exportações.

Sobre o FAF, Eduardo Leitee informou que uma solução para a questão já está sendo analisada para evitar a penalização e perda de competitividade dos laticínios do RS. “Nesse primeiro período de governo, nossa tarefa foi o enfrentamento da questão fiscal do estado e da pandemia. Agora, precisamos pensar em um plano estratégico para resolver as questões mais importantes e que tragam maior impacto e apoio”. Disse também que abrirá diálogo com o setor para construção do plano de trabalho.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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