Quarto maior produtor de leite do Brasil, Santa Catarina pretende criar mecanismos para fortalecer a cadeia produtiva e incentivar a exportação.
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A estratégia levantada pela Aliança Láctea Sul Brasileira prevê melhorias em logística, redução dos custos de produção e qualificação de produtores.

“Daremos todo apoio à cadeia produtiva do leite, envolvendo indústria e produtores para retirar entraves que impedem o setor de crescer. Junto aos estados vizinhos, Rio Grande do Sul e Paraná, vamos buscar colocar o leite na pauta de exportações do Sul do país”, afirma Colatto.

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O plano foi apresentado ao secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Valdir Colatto.

A produção de leite envolve diretamente 70 mil famílias catarinenses, sendo que aproximadamente 24 mil famílias fornecem o produto para mais de 130 unidades industriais instaladas no estado. Em 2021, Santa Catarina produziu 3,1 bilhões de litros de leite, respondendo por 8,9% da produção nacional.

O coordenador-geral da Aliança Láctea Sul Brasileira, Airton Spies, explica que o setor vive um momento delicado, com a estagnação da produção nacional e a falta de competitividade para buscar o mercado externo. “Há oito anos a produção brasileira está estagnada em 25 bilhões de litros/ano de leite vendido para as indústrias e, enquanto em outros estados a produção encolhe, na região Sul nós continuamos crescendo. Somos responsáveis por 40% do leite industrial e temos apenas 15% dos consumidores. Só o mercado interno não nos permite crescer, precisamos nos voltar para os portos e exportar nossa produção”.

Hoje, dos 15 municípios brasileiros com maior densidade de produção de leite, 10 estão em Santa Catarina: São João do Oeste, Tunápolis, Nova Erechim, Marema, Braço do Norte, Princesa, Cunhataí, Iporã do Oeste, Santa Helena e Itapiranga. Os dados analisam a quantidade de litros produzidos por quilometro quadrado e demonstram a qualificação e especialização do setor produtivo catarinense.

Entre os maiores gargalos levantados pela entidade estão os altos custos de produção, que impedem competir no mercado global; baixa eficiência produtiva no campo; logística ineficiente; manter a sanidade dos rebanhos; alta volatilidade nos preços e falta de energia elétrica trifásica e acesso à internet.

A intenção da Aliança Láctea é incluir o leite em pó, pó de soro de leite, queijo e manteiga na pauta de exportações da região Sul, ampliando o mercado consumidor e garantindo a continuidade e especialização do setor. “Santa Catarina já produz leite de qualidade, com sanidade animal, qualidade e conta com a experiência bem sucedida nas cadeias produtivas de carnes. O leite hoje é o setor com os maiores ganhos marginais a incorporar e pode ter um grande impacto na economia de Santa Catarina e na vida de milhares de catarinenses”, ressalta Airton Spies.

As propostas para fortalecimento do setor produtivo na região Sul devem ser apresentados na próxima reunião do Codesul para o envolvimento dos estados vizinhos.

Leia tambem: URUGUAI E ARGENTINA: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS NO SETOR LEITEIRO

O leite de égua é valorizado tanto em sua forma natural quanto fermentada.

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