Bacias leiteiras da cooperativa localizadas em dez cidades do Paraná e São Paulo registraram produção de 137 milhões de litros de leite
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O mercado do leite nos últimos anos vem passando por uma grande transformação, com os produtores tendo que se adaptar de forma rápida e melhorar cada vez mais suas escalas de produção.

O ano de 2022 foi marcado por forças contrárias na cadeia produtiva do leite, com altos custos de produção (commodities valorizadas), além da diminuição do consumo interno e margens mais estreitas para o produtor.

Os preços pagos aos produtores leiteiros chegaram a patamares superiores aos observados em anos anteriores devido à forte queda na oferta de leite, ocasionado justamente pelos altos custos de produção, oportunidade de vendas dos animais e pelas variações climáticas em alguns estados do país.

Mesmo com esses desafios e adversidades, os produtores associados da Capal Cooperativa Agroindustrial encontraram forças e fecharam o ano de 2022 com um crescimento de 1,82% no volume de leite produzido em relação ao ano anterior. Em contrapartida, dados recentes apresentados pelo IBGE demonstram uma redução de -5,6% do leite formal brasileiro.

“O crescimento foi aquém do que estávamos crescendo nos anos anteriores, mas muito acima da média nacional. Isso mostra a força dos nossos produtores e do cooperativismo, que vem conseguindo vencer as barreiras do setor”, declara Roberto Caldeira, coordenador de Assistência Técnica Pecuária.

Esse crescimento registrado provém das bacias leiteiras da Capal, localizadas nas seguintes cidades: Arapoti, Fartura, Joaquim Távora, Carlópolis, Ibaiti, Santana do Itararé, Curiúva, Itararé, Taquarituba e Taquarivaí, que juntas, conseguiram produzir aproximadamente 137 milhões de litros de leite ao longo de 2022, contabilizando uma média diária de leite entregue à indústria de 375 mil litros/dia.

A bacia leiteira de Arapoti representa 90% do volume de leite da Capal. Somente no ano passado, o volume de leite captado foi de 6,07% superior ao captado em 2021. “A bacia leiteira de Arapoti vem se consolidando como um dos melhores leites do país e, cada vez mais, os produtores se tornam referência para outras regiões, atingindo uma escala média de produção acima do Brasil”, comenta Caldeira.

Expectativa para 2023

A cooperativa segue otimista para 2023. Levando em consideração o mês de janeiro, o volume de leite captado no começo deste ano cresceu 3,92% em relação ao mesmo período do ano passado.

“O reflexo do crescimento é justamente à adaptabilidade dos produtores à nova realidade de mercado. Além disso, a cooperativa conseguiu ao longo de 2022 realizar com excelência a compra de produtos mais em conta, como insumos e fármacos, reduzindo os custos de produção dos cooperados, otimizando o seu negócio e tornando a sua atividade mais rentável”, comenta Caldeira.

A expectativa é de que o crescimento do volume de leite captado em todas as bacias seja de 4% a 6% para este ano. Para a bacia de Arapoti, a previsão é de um aumento de 8%.

“O produtor está bem preparado neste ano com uma boa silagem de milho, genética dos animais, estrutura e acompanhamento técnico. A perspectiva, no entanto, é manter a cautela para tentarmos entender as mudanças do dito mercado, onde estamos em um ano de muitas mudanças geopolíticas e climáticas. Mas com certeza iremos nos adaptar frente a esta nova realidade”, finaliza.

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Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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