Crescimento do índice do leite e queda no volume captado explicam alta no preço.

O preço médio do litro do leite pago aos produtores em Mato Grosso do Sul teve um aumento de 5,15% em janeiro de 2023, segundo dados divulgados pela SEMADESC (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Isso permitiu que o preço médio do litro de leite subisse de R$ 2,09 em dezembro de 2022 para R$ 2,20 em janeiro de 2023. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento é de cerca de 20%.

De acordo com a consultora técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira, a principal razão para a valorização no preço do leite é a oferta restrita. “Não houve aumento de produção e isso limitou a captação”, explicou.

No primeiro mês de 2023, o volume captado de leite foi de 15,1 milhões de litros, uma queda de 0,61% em relação aos 15,2 milhões de litros captados em janeiro de 2022.

Levantamento feito pelo departamento técnico do Sistema Famasul avaliou as cadeias produtivas na bovinocultura de leite e corte em Mato Grosso do Sul nos últimos sete anos. O estudo mostrou que entre 2015 e 2022, o preço do leite registrou uma valorização de 185,76%. No entanto, anualmente, há uma distinção clara entre o período de safra e entressafra, devido às condições climáticas. Nos meses mais chuvosos, quando há melhor qualidade de pasto, a quantidade de alimento para as vacas é abundante e propicia aumento da produção, resultando em preços médios menores. Quando ocorre a redução das chuvas, há prejuízo no desenvolvimento dos pastos, diminuição da capacidade de alimentação para o rebanho e, consequentemente, aumento dos preços.

Em sete anos de observação, os preços dos meses mais secos do ano superam em média 12,4% os valores dos meses mais chuvosos. A produção de leite também sofreu redução significativa de 45,42% nesse período, entre 2015 e 2022. As razões da queda podem estar relacionadas à falta de estímulo ao produtor que decide migrar para uma atividade mais rentável e a predominância de pequenas áreas e baixa escala de produção.

Cerca de 55% da produção de leite em Mato Grosso do Sul é oriunda de áreas até 50 hectares, de acordo com o Censo Agropecuário de 2017 do IBGE. “As atividades da cadeia produtiva nessas áreas necessitam de desenvolvimento de sistemas produtivos aprimorados em disponibilidade de alimentação para o rebanho, manejo reprodutivo e melhoramento genético para garantir volume de produção constante”, destacou a consultora.

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