Na manhã dessa quinta-feira, 24, os alunos do 3º ano de Técnico em Agropecuária tiveram uma aula diferente e acompanharam a implantação de brincos (botons) personalizados para identificação de vacas leiteiras e de um software de gestão de fazendas e rebanhos.
vacas leiteiras
CAET recebe R$ 38 mil em investimentos tecnológicos. Foto Gazeta de Toledo
A tecnologia chegou ao Colégio Agrícola Estadual de Toledo (CAET), especificamente para as 10 vacas leiteiras que vivem em um amplo espaço na área do colégio. Os estudos com esses animais estão migrando do analógico para uma tecnologia de ponta.

Na manhã dessa quinta-feira, 24, os alunos do 3º ano de Técnico em Agropecuária tiveram uma aula diferente e acompanharam a implantação de brincos (botons) personalizados para identificação animal e de um software de gestão de fazendas e rebanhos. O que irá oferecer uma gestão e um cadastramento mais eficiente desses animais; quantos bezerros uma vaca concebeu em um ano e custos da produção de carne e leite.

O técnico agrícola, formando na Escola Agrícola de Machado (MG) e proprietário da Taurus no Rastro do Boi, com empresa em Toledo, Wagner dos Santos, explica que durante a aula foram colocados brincos personalizados e uma identificação animal eletrônica, o que há de mais moderno no mercado nos dias de hoje. Ele comenta que foram trazidos recursos para o colégio que chegam a R$ 38 mil.

“São investimentos que estamos trazendo de empresas parcerias: software de gestão, identificação animal, balança de pesagem, semente de pastagem. Em torno de R$ 38 mil conseguimos de doações das empresas. Esses equipamentos ficam todos no colégio e estamos desenvolvendo minicursos para os alunos aprenderem com que tem de melhor no mercado e saírem daqui oferecendo uma boa assessoria”.

BENÉFICOS – Segundo Wagner, todas as informações e rastreamento dos animais serão direcionadas ao software de gestão. “O brinco personalizado irá nos trazer várias informações e quando falamos em gestão animal, estamos tratando diretamente de números e podemos interpretar cada dado que esse animal irá me oferecer para ter uma gestão mais eficiente.

Posso cadastrar muitas informações sobre esse animal: quantas crias ele deu em um ano, quantidade produzida de leite, quanto ele está ganhando de carne, quanto custou a produção de um quilo de carne ou a produção de um litro de leite.  Esse mesmo processo e informações, com os brincos personalizados serão feitos com suínos e ovinos”.

 CUSTOS – “O investimento está em torno de R$ 2,70 cada brinco personalizado por animal, o software de gestão custa aproximadamente R$ 270,00 por mês, dependendo da quantidade de animais. Tem produtores pagando R$ 85,00, com poucos animais, e faz a gestão completa do rebanho e da fazenda.

No mundo que estamos vivendo está tudo muito rápido, e quanto mais informações tivermos e tecnologia empregamos no sistema, melhor será o resultado. Basicamente, hoje, 98% das fazendas, do Brasil, não tem nenhum tipo de gestão e dados. Não se sabe o quanto custa produzir um quilo de carne ou um litro de leite. Se o produtor não sabe os custos, não pode brigar pelo preço de venda. E quem coloca o preço, é o mercado”, afirma Wagner dos Santos.

TECNOLOGIA – O coordenador do Setor de Pecuária do Colégio Agrícola, Abílio Leonel Bertol Bottega avalia essa transformação de sistema analógico para tecnológico. “O conhecimento da tecnologia já tínhamos, mas aqui não utilizávamos, podemos dizer que trabalhávamos no sistema analógico; anotações em fichas e planilhas, e depois transferir esses dados para o Excel, nada informatizado. Agora com os botons eletrônicos e com o leitor do bastão vamos ter todas as informações no celular e em tempo real.

Praticamente o professor vai ter a informação do animal, na hora; do dia que nasceu, idade que tem, quantos litros de leite são produzidos no dia, o peso, dia que foi inseminada, o dia que vai parir, o peso que os filhotes nasceram. Serão informações na palma da mão. Estamos saindo do analógico para a alta tecnologia”.

Os jovens alunos do CAET estavam concentrados na aula e para não perderem nenhuma explicação utilizaram os celulares para armazenarem o conhecimento.  “Tanto para vida profissional, quanto para a própria propriedade, e muitos são filhos de produtores, eles podem estar implantados em suas fazendas, e no futuro, na profissão, saírem muito na frente, porque já praticaram e tem conhecimento de manusear o software e a implantação do sistema.

O mundo precisa de alimentos, e se não conseguirmos produzir alimentos baratos, provavelmente não teremos produção para todos. E com tecnologia e informações se consegue selecionar um animal que produz mais carne, leite e bezerros”, afirma Abílio Bottega.

Também foram doadas ao CAET, uma balança eletrônica de pesagem para bovinos e uma balança eletrônica de pesagem para suínos.

Fotos: Gazeta de Toledo

 

 

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