A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), afirmou em nota que não há risco iminente de desabastecimento de alimentos no Rio Grande do Sul. O documento foi divulgado nesta segunda-feira (13).
No entanto, a entidade diz que o mau tempo tem atrapalhado a movimentação de produtos, o que pode afetar as pessoas na região e em outros estados que dependem das coisas que vêm do Rio Grande do Sul.
A entidade enfatiza que, além de ser responsável por 80% da produção nacional de arroz, o estado desempenha um papel significativo na fabricação de proteínas animais, laticínios, óleos e gorduras vegetais, chocolates, trigo, suco de uva e frutas de clima temperado.
“As indústrias associadas que operam na região estão monitorando de perto a situação e adotando medidas para mitigar possíveis impactos no abastecimento, trabalhando na identificação de alternativas logísticas e na mobilização de recursos para garantir a continuidade da circulação de alimentos e bebidas”, destaca a nota.
Na Região Sul, a indústria de alimentos e bebidas é uma parte significativa da economia, contribuindo com 18,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Apenas no Rio Grande do Sul, existem 3,7 mil empresas nesse setor, que geram um total de 785 mil empregos diretos e indiretos em toda a cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, setores de embalagens, máquinas e equipamentos.
Desabastecimento de arroz
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) também asseguram que o fornecimento de arroz continuará sem interrupções.
Para evitar qualquer pânico ou corrida aos supermercados, o governo federal emitiu uma medida provisória permitindo que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) importe até 1 milhão de toneladas de arroz por meio de leilões públicos, visando restabelecer os estoques do governo.
Os estoques foram direcionados inicialmente para pequenos varejistas em áreas metropolitanas, eliminando a necessidade de leilões em bolsas de mercadorias ou licitações públicas para vendas diretas. A previsão inicial é importar cerca de 200 mil toneladas de arroz, principalmente de países vizinhos do Mercosul.
A Federarroz informa que 83% da área destinada à safra já foi colhida no Rio Grande do Sul, com boa qualidade e produtividade, o que garante o abastecimento nacional.
Apesar disso, a entidade recomenda que os consumidores evitem acumular estoques em casa para garantir um acesso constante ao produto. A ABRAS, em apoio à medida de importação do governo, ressalta a importância de assegurar o abastecimento completo da população brasileira.