O deputado estadual Wilker Barreto reuniu na manhã desta quinta-feira, 03, em seu gabinete na Assembleia do Amazonas (Aleam), com uma comissão de mães representantes do grupo APLV Manaus (Alergia à Proteína do Leite de Vaca).
Amazonas está sem fórmula infantil para crianças com alergia alimentar e Wilker cobra fornecimento do Governo do Amazonas, para evitar tragédia aos portadores
Amazonas está sem fórmula infantil para crianças com alergia alimentar e Wilker cobra fornecimento do Governo do Amazonas, para evitar tragédia aos portadores

Na ocasião, o parlamentar recebeu uma denúncia grave sobre a falta da fórmula infantil no Amazonas para crianças com alergia alimentar. Em tom de apelo, o Líder da Oposição gravou um vídeo e postou em suas redes sociais pedindo que o Governo do Estado possa o quanto antes fornecer a fórmula às famílias.

As fórmulas em questões são o Neocate (aminoácidos), alimento para fins medicinais específicos, adequado como fonte alimentar única para lactentes; e o Pregomin, (proteína hidrolisada) indicada para lactentes e crianças com alergia à proteína do leite de vaca (ALV) e dificuldade de absorção ou outras necessidades dietoterápicas específicas que requerem fórmula semi-elementar e hipoalergênica. Ambos essenciais para a alimentação dos bebês.

“Neste exato momento, a Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA) não tem a fórmula infantil, são 30 a 40 crianças expostas. Essas crianças só podem se alimentar disto, e é algo muito caro, as mães não têm condições de arcar. Então, quero fazer um apelo. Se o governador do Amazonas não sabe, que fique, a saber, por este deputado. Priorize a compra imediata das fórmulas. Faltar dois, três dias, é caso de vida ou morte. Sem esses alimentos, esses bebês são internados e ficam fragilizados”, alertou Barreto.

Dona Keyla Macedo, avó de uma bebê de três meses, conta que foi na CEMA atrás do Neocate, mas não teve sucesso. O sentimento é de desespero, uma vez que a pequena já apresenta sinais por não estar consumindo a fórmula. Além do mais, para mudar a nutrição, ela precisa passar por acompanhamento médico, que também está precário na rede pública estadual.

“Fiz o cadastro pelo SUS e até agora não conseguimos médico, nutricionista, alergista, gastro, e tudo isso é necessário para crianças com APLV. Para eu mudar a fórmula dela e fazer o acompanhamento, preciso dessa assistência. A minha neta, até de encostar em qualquer produto que tenha leite, como creme de corpo, ela incha, empola. Imagina ela tomando algo que não condiz com a condição dela, ela vai direto para o hospital. Esse tipo de alergia pode tirar a vida da criança, pois eu já vi minha neta sair de casa desmaiada, teve três convulsões, foi para o oxigênio, é uma alergia severa, sem esta fórmula não tem como ela sobreviver. Minha neta depende desse leite, não tem outro, ela só se alimenta disso, e ele é muito caro. Isso pode tirar a vida de uma criança. Recebi algumas latas de Pregomin, pois fui para as redes sociais, mas está acabando, pois toma de duas em duas horas. É muito complicado a falta do Neocate na CEMA. Se ela tomar outro, vamos correr o risco de perder minha neta”, contou.

*APLV*
A APLV é uma alergia alimentar causada pelo sistema imunológico de um bebê que reage a proteínas do leite de vaca. No Brasil, mais de 350 mil crianças têm alergia à proteína do leite de vaca e uma média de 70 mil já tiveram ou terão alguma reação do tipo anafilática, que representa risco de morte. A proteína do leite pode estar presente nos alimentos, mas também em sabonetes, giz, balão de festa, entre outros objetos comuns do dia a dia e a busca por produtos sem leite é um grande desafio. Por isso, as genitoras lutam por atendimento especial à alimentação de suas crias em espaços públicos, como escolas, bares e restaurantes.

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