Em 2022, a produção global de queijo atingiu 23,9 milhões de toneladas métricas. Para se ter uma ideia, essa quantidade é equivalente à massa total de 3,4 milhões de elefantes adultos – sim, também imaginei um desfile de paquidermes dourados!
Quais são os países que mais contribuem para o queijoverso?
Os Estados Unidos da América, a terra das vastas extensões, produziram nada menos que 6,2 milhões de toneladas em 2022, o que equivaleria a cerca de 1.548 Estátuas da Liberdade feitas de queijo cheddar.
Em seguida, vem a terra de meus avós, a Alemanha, que, com 2,2 milhões de toneladas por ano, prova que é tão eficiente e organizada na produção de queijo quanto em outras áreas. Todo esse queijo alemão equivale a 7,9 bilhões de litros do delicioso leite de vaca da Baviera.
No continente americano, além do peso-pesado americano, temos representantes notáveis, como Argentina, Brasil, México e Chile, que acrescentam suas contribuições ao queijoverso.
A Argentina se destaca com uma produção anual de 560.000 toneladas métricas, o suficiente para encher 172 piscinas olímpicas com o saboroso reggianito característico.
Mas o Brasil, em 2022, atingiu 885.000 toneladas métricas entre vários tipos de queijos tropicais e europeus, o equivalente a 63 estátuas do Cristo Redentor no Rio de Janeiro!
No México, berço de sabores ancestrais, a produção anual em 2022 chegou a 410.000 toneladas métricas. Dessa quantidade abundante, cerca de 123.000 toneladas são do icônico queijo Oaxaca, um orgulho nacional.
Imagine por um momento uma montanha inteira de queijo Oaxaca macio e deliciosamente derretido. Seu volume seria tal que permitiria literalmente a construção de 12 réplicas exatas da mundialmente famosa Pirâmide de Kukulkan em Chichen Itza, mas feitas inteiramente dessa iguaria láctea!
Nas terras do sul do Chile, com sua longa tradição de pecuária e produção de queijos, a produção anual em 2022 foi de 115.000 toneladas métricas de vários queijos frescos, curados e envelhecidos, incluindo seu queijo chanco especial.
A produção anual do Chile de 115.000 toneladas métricas em 2022, principalmente de seu emblemático chanco, seria suficiente para esculpir mais de 200 réplicas exatas dos imponentes Moais da Ilha de Páscoa!
Mas, se olharmos para o outro lado do planeta, encontraremos uma verdadeira potência que está fazendo barulho: a Nova Zelândia. Com uma produção anual de 385.000 toneladas, esse pequeno mas poderoso país está sacudindo o mercado mundial.
Para se ter uma ideia, essas quase 400.000 toneladas de queijo equivalem a 1,925 milhão de litros de leite de vaca neozelandês de alguns dos rebanhos mais produtivos e felizes do planeta.
Em termos de consumo, há também alguns campeões mundiais que merecem ser mencionados. Por exemplo, o consumo médio anual per capita na Europa é de quase 18 quilos por pessoa.
Embora o consumo médio na Europa seja de cerca de 18 quilos por pessoa por ano, há nações em que esse número aumenta consideravelmente. Esse é o caso da Grécia, o berço da antiga tradição mediterrânea, onde o consumo anual per capita chega a 27 quilos.
Um pouco mais longe, na Índia, onde as vacas são reverenciadas, o consumo per capita é muito menor: apenas 4 quilos por ano. Entretanto, com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, eles conseguem consumir impressionantes 4,6 milhões de toneladas por ano.
Espera-se que a produção global de queijo continue a aumentar de forma constante nas próximas décadas, impulsionada principalmente pelo crescimento em países como Índia, Brasil e China, onde os hábitos de consumo de produtos lácteos e derivados continuam a aumentar.
De fato, as projeções da FAO sugerem que a produção global poderá atingir cerca de 28 milhões de toneladas métricas por ano até 2030.
Em perspectiva histórica, isso seria quase o triplo da produção global existente no final da década de 1990, quando era inferior a 10 milhões de toneladas por ano. Mas parece que há cada vez mais amantes do divino derivado lácteo neste planeta.
É fácil reconhecer que há algo mágico e imortal no processo de tornar o líquido sólido, uma alquimia culinária que eleva o precioso leite à sua forma suprema de preservação.
Consumir laticínios é bom, e consumir queijo é desfrutar e também mergulhar na mística desse trabalho ancestral de transformar o perecível em imperecível, o bom em melhor.
Valeria Hamann
EDAIRYNEWS