O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira que o governo tomou a decisão de taxar a importação de derivados de leite de países de fora do Mercosul.
A medida foi definida após reunião na última quarta (9/8) com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e deverá ser aprovada em breve pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) como forma de tentar diminuir o impacto das compras externas no setor leiteiro nacional.
Fávaro disse ainda que o governo vai aplicar R$ 100 milhões nas compras públicas de leite, a princípio, mas que vê espaço para dobrar ou triplicar esse valor para medidas emergenciais. Em complementação, ele defendeu políticas públicas estruturantes para a cadeia.
Ele ressaltou que a medida será aprovada na Camex, que recentemente já tirou a isenção de importação de proteínas de leite.
O ministro também confirmou o valor de R$ 100 milhões que serão aplicados inicialmente para as compras públicas de leite. O montante e a medida haviam sido antecipados pela Globo Rural.
“Emergencialmente teremos a compra do leite em pó para trazer os preços mais pra cima para de forma confortável para manter a atividade viável. Deve ser inicialmente a primeira compra em torno de R$ 100 milhões, nos primeiros dias já de recurso disponível.
Mas, falando com o presidente da Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], Edegar Pretto, a minha sensibilidade é que precisamos no mínimo dobrar ou triplicar esse volume, chegar a R$ 200 milhões ou a R$ 300 milhões emergencialmente”, destacou.
“Mas o mais importante são políticas estruturantes que estamos conduzindo para que tenhamos estabilidade na produção de leite brasileira”, completou.
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