A Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa da Alepe se reuniu nesta segunda (8) para debater os principais gargalos da bacia leiteira no Estado, especialmente no que se refere à cadeia produtiva de queijo artesanal.
queijo artesanal
"De acordo com o especialista, dos 60 mil produtores de leite do Estado, 92% são de pequeno porte"

Dentre os desafios apontados na ocasião, destaque para as dificuldades dos produtores para ter acesso a água potável e para atender a todas as exigências das autoridades sanitárias.

A questão tributária também foi outro fator apontado como entrave ao avanço do segmento. Segundo o assessor parlamentar Moshe Fernandes, do gabinete da deputada Débora Almeida (PSDB), a maior parte da produção pernambucana vem de iniciativas pequenas, que são submetidas às mesmas cobranças destinadas às indústrias de grande porte. De acordo com o especialista, dos 60 mil produtores de leite do Estado, 92% são de pequeno porte.

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IMPOSTO – Moshe Fernandes destacou o impacto dos tributos para a atividade dos pequenos produtores. Foto: Roberta Guimarães

“Existem tantos tributos e exigências que muitas pessoas têm dificuldade de compreendê-los. Por pura incompreensão, boa parte termina sendo levada à informalidade”, observou Fernandes.

Para ele, por ser um segmento que gera diversos postos de empregos e produz alimento de qualidade, essa cadeia produtiva deveria receber maior apoio do poder público. “Hoje, o nosso custo de produção é muito alto, e isso diminui a competitividade dos nossos produtos. Nós precisamos proteger esse setor”, concluiu.

Burocracia

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LEIS – Débora Almeida defendeu a atualização das normas sanitárias. Foto: Roberta Guimarães

 

 

O custo para regularização e a necessidade de desburocratização também foram elementos destacados pela gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Priscila Lapa. A organização tem atuado dando suporte técnico ao trabalho da Frente Parlamentar.

“A gente trabalha fortemente a pauta da simplificação. O licenciamento ambiental, por exemplo, é uma dor muito latente desses produtores, pelo custo que isso representa anualmente”, observou.

Segundo a gerente, o grupo e o colegiado da Alepe estão trabalhando num estudo para elaboração de uma proposição a fim de facilitar tanto a fiscalização quanto a regulamentação das produções de queijo artesanal no Estado. “O texto tem como principal inspiração uma norma vigente no estado de São Paulo. A intenção agora é que a iniciativa possa ser validada pelos próprios produtores”, complementou.

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REGRAS – José Patriota ressaltou a necessidade de unificação das leis estaduais que tratam do setor. Foto: Roberta Guimarães

Para Débora Almeida, a atualização da legislação sanitária é de fundamental importância. “A forma como ela se apresenta hoje é muito confusa. Confusa até mesmo para os fiscais”, frisou. Coordenador da Frente Parlamentar, o deputado José Patriota (PSB) reforçou a necessidade de unificar as leis estaduais que regulam o setor.

“Após revisão e adequação do texto que está sendo elaborado com o apoio do Sebrae, a ideia é que possamos colocá-lo para tramitar aqui na Casa”, pontuou.

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As regulamentações de suplementos alimentares no Brasil são estabelecidas pela ANVISA, com as principais normas sendo a RDC 243/2018 e a IN 76/2020, que definem a composição, rotulagem e segurança dos produtos para proteger os consumidores. Conheça todas a seguir.

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