Pela quarta vez em menos de 3 meses, executivos da australiana estão no Ceará. E mais: 1) Por que a Faec viaja em busca de fabricas? 2) Coco Bambu inova na Aldeota; 3) Projeart constrói sua 3ª fábrica no Eusébio.
Executivos da australiana Fortescue foram recebidos ontem pelo presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante (2º à esquerda) Foto: Fiec/Gecom/Divulgação

Estão novamente em Fortaleza os executivos latino-americanos da gigante australiana Fortescue, cujo projeto de produção de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém é – das 14 empresas que já celebraram Memorando de Entendimento com o Governo do Ceará – o de estágio mais avançado.

A Fortescue já tem área de mais de 100 hectares reservada na geografia da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará e, ainda, mantém entendimentos adiantados com empresas que já produzem e que produzirão energias renováveis – eólica e solar – das quaispoderá ser um grande cliente.

Ontem, a delegação da Fortescue – Sebastián Delgui, gerente Regional de Relações Governamentais & Comunidades; Maria Virginia Ucar, gerente de Meio Ambiente; Fernando Rizzi, gerente Jurídico; Inés Kalbermatten, coordenadora de Comunicação; e Carmen Aranguren, coordenadora de Comunidades, todos —reuniu-se por quase um par de horas com o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante.

Eles conheceram o Observatório da Indústria e ficaram positivamente surpresos com o que viram e com o que ouviram a respeito dessa plataforma digital, que é uma base de informações essencial para a tomada de decisões.

O secretário do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, Maia Júnior, disse à coluna que a quarta visita dos executivos da Fortescue ao Ceará, em menos de três meses, é forte sinal de que a empresa acelera as providências para que se efetivem as providências administrativas e jurídicas destinadas à sua instalação legal.

Esta coluna pode informar que pelo menos três grandes empresas da área de energias renováveis conversam com a Fortescue na tentativa de tornarem-se fornecedoras de energia eólica e solar para a sua planta de produção de H2V.

FAEC VIAJA A SERVIÇO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS

Por que o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) e seu colega presidente do Sindicato da Indústria de Lacticínios do Ceará estão em vilegiatura na Bahia, tentando trazer de lá para cá uma grande indústria de lácteos?

A pergunta é pertinente, uma vez que se trata de uma tarefa tradicionalmente assumida e executada pelo Governo do Estado.
A resposta que, de pronto, surge é esta: sob nova administração, a Faec tem compromisso direto e permanente, também, com os pequenos e médios produtores rurais, que, no sertão cearense, são carentes de muita coisa, a começar pela assistência técnica e a terminar pela falta de respaldo às suas reivindicações. Carências que poderão ser reduzidas ou mesmo superadas ao longo dos próximos quatro anos.

Neste momento, a nova diretoria da Faec, presidida pelo agropecuarista quixadaense Amílcar Silveira, é pressionada pelos pequenos produtores de leite a encontrar saída para um problema antigo: a venda do seu produto pelo melhor preço.

Como, na verdade, só há aqui um grande comprador desse leite – a Betânia Lácteos, que há três meses inaugurou uma gigantesca fábrica de leite em pó em Morada Nova, com a qual não só garantiu a aquisição da produção, mas também ampliou o volume diariamente adquirido – a melhor e mais rápida saída para o problema parece ser a instalação de uma nova fábrica de lacticínios.

A Faec e o SindiLacticínios-Ceará, presidido pelo também agropecuarista José Antunes, estão, assim, palmilhando o caminho correto ao tratar diretamente com indústrias de outros estados, acenando-lhes com vantagens fiscais e outros incentivos que o governo cearense oferece a quem aqui investe.

O empresário mineiro Lutz Viana, dono da famosa Lacticínios Davaca, com fábrica em Ibirapuã, no Sul da Bahia, ouviu os argumentos de Silveira e Antunes e prometeu que, em fevereiro, virá aqui para conhecer a bacia leiteira do Sertão Central cearense, a maior do Estado, cujo governo dispõe de um menu de incentivos fiscais mais ou menos semelhantes aos que a Bahia oferece (lá, toda a cadeia produtiva do leite é isenta de ICMS, e esta é a grande diferença).

O mais interessante dessa movimentação da Faec e do SindLacticínios-Ceará é a posição assumida pelo grupo Betânia Lácteos, cujo fundador, Luiz Girão, manifestou-se a favor do trabalho de atração de uma empresa concorrente, entendendo-a como relevante para a pecuária e para a indústria cearense de lácteos.

Pelo que até agora esta coluna apurou, a Davaca abriria, no Sertão Central do Ceará, uma grande e moderna fábrica de queijos e requeijões. Tudo a conferir.

COCO BAMBU INOVA NA ALDEOTA

Sem temer crises, mas apostando na economia do país, o empresário cearense Afrânio Barreira, dono da rede de restaurantes Coco Bambu, a maior do Brasil, inaugurará no próximo dia 31 a sua sexagésima unidade, que será diferente das demais 59.

Será um Coffee Break, instalado em um prédio de moderna arquitetura e localizado na rua Costa Barros, 459, no bairro da Aldeota, em Fortaleza.

A nova casa – cujo modelo de operação será replicado em outras capitais e cidades brasileiras onde o Coco Bambu está presente – terá 60 lugares, todos no segundo andar (o térreo será destinado ao drive-thru, ao delivery e ao autoatendimento).

PROJEART CONSTRÓI NOVA FÁBRICA NO EUSÉBIO

Líder no segmento de fabricação de estruturas metálicas no Norte e Nordeste, a cearense Projeart completa neste janeiro 29 anos de atuação no mercado.

Para celebrar a efeméride, a empresa – dos sócios Jeferson von Haydin, que é o CEO; André Ribeiro, diretor de Negócios; e Auricélio Parente, diretor de Investimentos – construirá, no Eusébio, sua terceira fábrica, para o que está adquirindo maquinário de alta tecnologia, importado da Europa e dos Estados Unidos.

O investimento é da ordem de R$ 70 milhões.

Com o novo investimento, a capacidade de produção mensal da Projeart será multiplicada por três. Hoje, essa capacidade é de 1.200 toneladas de perfis laminados, chapas de aço, dobradeiras, bancos de corte e mesas de arco submerso para perfis soldados.

No ano passado, a empresa executou cerca de 230 mil metros quadrados de obras de grande porte para clientes de todo o Brasil, gerou mais de 600 empregos diretos e indiretos e produziu mais de 9.300 mil toneladas de aço, o que representa um crescimento de mais de 100% em relação à produção do ano anterior de 2020.

Fundada em 1993, a Projeart tem um parque industrial com área total de 95 mil m² e fabril de 28 mil m², divididos em duas unidades, ambas localizadas no Eusébio.

Entre os projetos que a empresa já executou e executa neste momento, estão os seguintes: Fábrica da YPE em Itapissuma-PE; Química Amparo; Galpões logísticos da LOG Commercial Properties em Itaitinga-CE (para a Amazon e o Assai); Centros de Distribuição do Grupo Mateus em Santa Izabel-PA; Expansão da Ypióca (Diageo), em Itaitinga-CE; e Novo Atacarejo, em São Lourenço da Mata-PE.

Ir comprar um litro de leite hoje pode significar se envolver em uma guerra cultural acirrada. O recente anúncio da Arla Foods sobre os testes

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