A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) está investindo na biotecnologia da fertilização in vitro (FIV) para gerar vacas ½ sangue girolando de alta qualidade genética.
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Trabalhos começaram nos campos experimentais de Felixlândia e Santa Rita, mas a ideia é expandir para todas as unidades leiteiras da empresa.
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) está investindo na biotecnologia da fertilização in vitro (FIV) para gerar vacas ½ sangue girolando de alta qualidade genética.

O objetivo é aumentar a qualidade dos animais, garantir a reposição do rebanho leiteiro e manter o padrão F1 (metade gir e metade holandês) difundido pela empresa.

“A fertilização in vitro é alternativa para garantir esse padrão ½ sangue gir e ½ sangue holandês, uma vez que a recria por cruzamento normal entre animais que já são girolando poderia gerar animais ¾ gir ou ¾ holandês”, explica o zootecnista Clenderson Gonçalves, chefe da Assessoria de Negócios Tecnológicos da Epamig, que prossegue: “Com essa técnica a gente consegue aumentar a nossa produção de animais F1, provenientes do rebanho gir leiteiro da empresa, para revitalizar o plantel de animais para a pesquisa e, em breve, ter uma quantidade para ofertar aos produtores”.

Os trabalhos começaram pelos campos experimentais de Felixlândia e Santa Rita (localizado em Prudente de Morais), mas a ideia é expandir para todas as unidades leiteiras da empresa. “Queremos acelerar o melhoramento do nosso rebanho experimental e gerar animais de qualidade para disponibilizarmos aos produtores, contribuindo assim para o melhoramento do rebanho leiteiro de Minas Gerais”, afirma Clenderson.

O zootecnista acrescenta que o interesse das pesquisas é por um rebanho de alta qualidade genética e com boa adaptação a pasto e aptidão para a produção de leite. “Manter um rebanho F1 de alta qualidade é difícil em qualquer propriedade. Com o avanço dessas técnicas de biotecnologia, como esta de fertilização in vitro, que estamos utilizando, conseguimos produzir embriões com os oócitos (células que dão origem aos óvulos) do rebanho gir leiteiro da Epamig e sémen de touros holandeses, altamente qualificados e selecionados”.

Nessa fase inicial são aproveitados apenas embriões de fêmeas. “Pela biologia teríamos 50% de fêmeas e 50% de machos, já com a FIV conseguimos implantar apenas embriões sexados de fêmea, com 95% de assertividade. O que é interessante, já que buscamos a reposição do rebanho leiteiro. A tecnologia nos possibilita gerar vacas com alto valor genético para a produção de leite, embutindo as características dos animais F1 da Epamig, que possuem rusticidade e boa adaptação a sistemas de pastejo”, finaliza Clenderson.

 

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Helbert Filho / Divulgação

Gir leiteiro 

O Campo Experimental Getúlio Vargas, da Epamig em Uberaba, é referência na seleção e no melhoramento genético do gado Gir Leiteiro no Brasil. Os trabalhos, que tiveram início na década de 1940, contemplam áreas como reprodução, produção e qualidade do leite, manejo da ordenha, nutrição, alimentação e sanidade, sempre com foco na diminuição dos custos de produção e na agregação e proposição de novas tecnologias.

As fêmeas resultantes dessas sete décadas de pesquisas são a base da tecnologia que a Epamig busca disseminar com a fertilização in vitro. Ao utilizar oócitos de vacas pertencentes ao programa de Melhoramento do Gado Gir Leiteiro, a empresa pretende garantir a manutenção dessa alta qualidade genética e potencializar as características do rebanho.

O Gir leiteiro é uma raça zebuína, originária da Índia, que possui boa adaptabilidade e alta produtividade leiteira em regiões de clima tropical. Os animais se destacam pela rusticidade, docilidade, capacidade produtiva e reprodutiva e boa produção de leite a pasto.

 

 

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