Em 2023 e 2024, a presença de produtos lácteos com ingredientes não lácteos nas prateleiras da Rússia aumentou entre 20% e 30%, segundo um estudo da organização de defesa do consumidor Public Control.
Esse crescimento se deve, em grande parte, à suspensão das inspeções sanitárias pelo governo russo desde março de 2022, o que abriu brechas para fraudes na composição dos produtos.
💡 Concorrência desleal e impacto no mercado
A Public Control cita o caso da Balakovo Dairy Plant, que substituiu gordura do leite por gorduras vegetais sem informar no rótulo. Essa fraude permitiu à empresa vender leite, queijos e iogurtes muito abaixo do preço de mercado, afetando produtores que seguem as normas.
A falta de reações contundentes das redes varejistas e a fiscalização ineficiente agravam o problema. Para Vsevolod Vishnevetsky, presidente da Public Control em São Petersburgo, penas mais severas e multas pesadas são necessárias para conter esse avanço.
O Brasil já enfrentou desafios similares com fraudes em laticínios no passado. Casos como a adulteração do leite com substâncias ilegais mostram a importância de uma fiscalização rigorosa para garantir a qualidade dos produtos lácteos.
*Traduzido e adaptado para eDairyNews 🇧🇷
