A audiência pública sobre produtos plant-based será realizada em Brasília no dia 24 de setembro. Esse evento, que promete ser um campo de batalha ideológico, está ocorrendo em um contexto marcado por controvérsias e acusações de desinformação.
É essencial lembrar que o leite não é apenas um alimento; ele é um símbolo de comunidade e tradição em muitas culturas.
É essencial lembrar que o leite não é apenas um alimento; ele é um símbolo de comunidade e tradição em muitas culturas.

A audiência pública sobre produtos de origem vegetal, organizada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil, será realizada em sua sede, em Brasília, no dia 24 de setembro de 2024.

O evento está sendo impulsionado por um forte lobby de grupos de dieta baseada em vegetais e organizações de direitos do consumidor e ambientais.

 

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Os patrocinadores incluem a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e ONGs internacionais como o Greenpeace e a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals).

Com seus amplos recursos e influência, essas entidades buscam influenciar a política alimentar brasileira em favor dos produtos de origem vegetal, por meio de campanhas que disseminam informações tendenciosas contra o setor de laticínios.

Esse evento, que promete se tornar um campo de batalha ideológico, está ocorrendo em um contexto marcado por controvérsias e acusações de desinformação. Os lobbies plant-based, em sua cruzada para mudar os hábitos alimentares, muitas vezes recorrem a “notícias falsas” que distorcem a realidade, atacando a importância histórica e científica do leite na nutrição humana.

Essas organizações ambientais e de direitos dos animais estão pressionando por mudanças alimentares que nem sempre se baseiam em ciência sólida e transparente, criando um impacto perigoso sobre a saúde pública e a estabilidade do setor de laticínios.

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A audiência pública será realizada em um espaço destinado a discutir políticas e regulamentações que afetam a produção e a comercialização de alimentos, e seus patrocinadores buscam influenciar a legislação e as políticas públicas.

Os lobbies dos produtos à base de plantas lançaram uma ofensiva com o objetivo de criar confusão e desacreditar o consumo de laticínios. Com um arsenal de estudos cuja metodologia permanece oculta, eles tentam convencer a opinião pública de que os laticínios são prejudiciais à saúde, com estratégias maquiavélicas que jogam com os medos e preconceitos dos consumidores.

A FAO vem documentando a importância dos laticínios na nutrição humana há quase um século, com estudos legítimos que demonstram seu papel fundamental no desenvolvimento e na manutenção da saúde em vários estágios da vida.

O leite de vaca é uma fonte rica de nutrientes essenciais. Ele contém proteína de alta qualidade, cálcio, vitaminas A e D e outros micronutrientes que são vitais para o crescimento e o desenvolvimento humano. Durante séculos, civilizações inteiras dependeram do leite como alimento básico, e seu impacto na saúde pública é inegável.

As campanhas contra o leite procuram ignorar essa realidade e prejudicar a saúde de milhões de pessoas que, por tradição ou necessidade, incorporaram o leite em sua dieta diária.

Ao negar as evidências históricas e científicas, os promotores das dietas à base de vegetais tentam alterar os hábitos alimentares das pessoas e propor uma substituição que não tem o apoio necessário.

Os danos ao setor de laticínios e à saúde pública

O impacto dessas ações vai além do debate nutricional. O setor de laticínios é um pilar da economia em muitas regiões, proporcionando emprego a milhões de pessoas e sustentando as economias locais.

Falsas acusações criam um ambiente hostil que pode levar à redução da produção de laticínios, o que, por sua vez, ameaça a subsistência de milhares de famílias.

 

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Além disso, o desprezo pelos laticínios também tem sérias consequências para a saúde pública. A substituição de laticínios por alternativas à base de plantas não leva necessariamente a uma melhora nutricional.

De fato, muitos desses produtos não têm os nutrientes que o leite fornece naturalmente. A promoção de dietas que desconsideram o valor dos laticínios pode levar a deficiências nutricionais, especialmente em populações vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com necessidades dietéticas especiais.

Em tempos em que informação é poder, a responsabilidade dos comunicadores é ainda maior. O setor de laticínios deve se posicionar contra a calúnia e a difamação. É essencial que sejam exigidos padrões rigorosos de transparência e veracidade na apresentação de dados e estudos nutricionais.

A audiência pública de 24 de setembro não deve ser um fórum de desinformação, mas uma oportunidade de apresentar argumentos baseados em evidências, em que os benefícios dos produtos lácteos sejam defendidos com rigor e paixão.

Profissionais de saúde, pesquisadores e produtores de leite devem se unir para defender a verdade e destacar a importância do leite em nossa dieta.

Que a voz do setor de laticínios seja ouvida e que se reconheça o valor incalculável da contribuição do leite e dos laticínios para a nutrição humana. Para o bem do nosso setor, para o bem da saúde e para o bem-estar das gerações atuais e futuras.

Valeria Hamann

EDAIRYNEWS

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