A atividade leiteira está principalmente nas mãos da agricultura familiar (95%), sendo que os estabelecimentos de leite da região têm em média 20,1 ha de terra.
A região é atendida por 40 empresas que comercializam o leite.
A região é atendida por 40 empresas que comercializam o leite.

Com o intuito de contribuir com a discussão das demandas, elaboração e execução de políticas públicas, a Emater/RS-Ascar coordenou em todo o Rio Grande do Sul o Levantamento Socioeconômico sobre a Cadeia do Leite, cujos principais resultados foram apresentados no final de agosto, durante a Expointer.

Inseridos neste processo, os 45 escritórios municipais de abrangência da Emater na região administrativa de Santa Rosa realizaram o levantamento em julho de 2023, com apoio de parceiros, compilando informações sobre número de produtores, volume de produção, tecnologias adotadas, comercialização e industrialização do leite.

O assistente técnico regional da Emater Jorge João Lunardi destaca que com o diagnóstico sobre o que está acontecendo com a cadeia na região é possível ter subsídios para a definição de estratégias e construção de políticas públicas. “É muito importante essa análise, porque falamos de uma atividade que movimenta o segundo maior volume de renda agrícola da região, estando apenas atrás da soja, girando mais de R$ 1,4 bilhão ao ano“, destaca Lunardi.

Segundo o levantamento da Emater, nos 45 municípios da região, em 2023 são 4.855 estabelecimentos que produzem 612.491,478 milhões de litros/ano, comercializados para indústrias e agroindústrias. O rebanho de 133.059 vacas apresenta uma produtividade média de 4.603 litros de leite por vaca ao ano.

A atividade leiteira está principalmente nas mãos da agricultura familiar (95%), sendo que os estabelecimentos de leite da região têm em média 20,1 ha de terra. Em relação ao perfil destas propriedades, na faixa de produção de até 300 litros/dia estão 3.079 estabelecimentos (63%) e até 500 litros/dia estão 4,010 estabelecimentos (82%). Outros 13% produzem de 501 a 1.000 l/dia e acima de 1.001 l/dia são apenas 2% dos produtores.

 

Sistemas de Produção e Manejo Adotados

O manejo do rebanho aponta para a tendência de produção de leite à base de pasto, presente em 91% das propriedades. Além disso, 7% possuem semiconfinamento e para 1,6% o confinamento em free stall e compost barn.

Das propriedades com pastagens anuais e perenes, 9,8% possuem irrigação. Atualmente estão sendo elaborados projetos do Programa Avançar RS – Eixo Estratégico Irriga+RS, da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (RS), para a ampliação da adoção desta estratégia em outras propriedades da região.

Ainda em relação à alimentação, a maioria indicou que complementa a dieta com silagem, ração controlada, além de alguns casos utilizarem pressecado, feno e premix vitamínico mineral com homeopatias, probióticos e prebióticos.

As ordenhas são canalizadas em 44% das propriedades; balde ao pé é adotado ainda em 27%; 28% tem transferidor; 90% possuem local adequado para ordenha; 66% possuem sala com fosso; 27% têm piso cimentado na sala de espera e 12 propriedades possuem ordenha robotizada na região.

Em relação aos equipamentos dos quais dispõem, o resfriamento do leite é feito em 99% dos casos em tanque de expansão direta, isotérmico; 81% usam água quente para higienização de equipamentos, e a maioria vêm obtendo boa qualidade do leite.

 

Redução no número de produtores

Comparando com os dados de 2015, quando iniciou o Levantamento Socioeconômico na região, nota-se que, em 2023, 68% dos estabelecimentos que possuíam produção comercial saíram da atividade leiteira, ao mesmo tempo em que o volume total de produção diminuiu 6%. “O que chama a atenção, neste contexto, é que reduziu o número de produtores com até 300 litros por dia e aumentou o número nas faixas superiores, apontando para uma concentração da atividade, refletindo o mercado que paga mais por volume produzido”, observa Lunardi.

O número total de vacas reduziu em 31%. Por outro lado, a produtividade média por vaca aumentou em 43%, devido à melhora de todos os índices zootécnicos.

Em relação às dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite, 2.329 (48%) apontam o preço do leite recebido; 1.925 (40%) têm custos de produção elevados; 2.364 propriedades rurais citam a falta adequada de mão-de-obra (49%); 2.660 propriedades apontam falta de descendentes para dar continuidade à atividade (47%); 216 apontam dificuldade de acessar o crédito rural; 412 propriedades têm restrições ao fornecimento de energia elétrica (8,5%); e 724 apontam problemas nas estradas rurais (15%).

 

Perspectivas e Cadeia envolvida

A região é atendida por 40 empresas que comercializam o leite. São sete postos de resfriamento, com capacidade diária de 1.575 milhões de litros/dia, e 11 indústrias e agroindústrias de leite, com capacidade diária de 1.956 milhões de litros/dia.

O levantamento apontou também que 30 municípios possuem Programa Municipal de Fomento ao Leite; 42 contam Conselhos Municipais de Agricultura atuantes, sendo que 21 oferecem fundo municipal com recursos financeiros. Em relação à disponibilidade de apoio técnico, a região tem 649 profissionais que trabalham com inseminação artificial e são 708 profissionais que atuam em assistência técnica e/ou extensão rural.

Diante da importância da produção leiteira para a segurança e soberania alimentar e para o contexto socioeconômico da agricultura familiar, a Emater, aliada a outras instituições, continua no fomento e assistência à atividade, para que aqueles que permanecem possam obter ganhos em renda e qualidade de vida, bem como possam acessar crédito e novas tecnologias.

Lunardi destaca que somente neste ano na região de Santa Rosa já foram atendidas pela Emater mais de 2.000 famílias rurais na atividade leiteira, em práticas de produção, produtividade, com variadas metodologias de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social.

 

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