Queda no valor do farelo de soja beneficia produtores, que veem melhora na relação de troca leite x insumos.
Leite ao produtor segue valorizado em março; em MS, média é de R$ 2,20 o litro
Vacas leiteiras recebem suplemento alimentar em propriedade brasileira. (Foto: Divulgação/Embrapa)

Em Mato Grosso do Sul o preço médio do leite captado em março valorizou 1,22% em relação a fevereiro e fechou em R$ 2,2096 o litro pago ao produtor. Entretanto, na comparação com março do ano passado, a desvalorização do produto chega a -3,30%.

Os números são do Detec (Departamento Técnico) do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), divulgados em abril através do Boletim Casa Rural – Bovinocultura de Leite, Economia e Mercado.

A captação do 1º trimestre de 2024 totalizou 50,82 milhões litros, foi o maior volume para o período desde 2020, quando foram captados 58,69 milhões de litros no trimestre. Foram levantadas informações de 1.259 produtores atendidos pela ATeG em Bovinocultura de Leite em MS. Desses, 65% comercializavam leite para industrias e 35% produzem derivados lácteos.

Relação de troca melhorou

O resultado de março/2024 comparado ao mês anterior melhorou 25,2%. Houve queda expressiva no valor do farelo de soja. Em um ano a quantidade de leite necessária para adquirir a mistura (60 kg de milho e farelo de soja) diminuiu em 14,47 litros.

Média Brasil

O preço médio do leite captado em março foi de R$ 2,3290/litro na “Média Brasil’ do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, 4,1% maior que o do mês anterior, mas 20,3% abaixo do verificado no mesmo período do ano passado, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de março). Com esse resultado, o preço ao produtor acumula alta real de 12,9% neste primeiro trimestre. Porém, a média dos três primeiros meses deste ano está 21,7% inferior à igual intervalo de 2023.

Esta é a quinta alta mensal consecutiva no preço do leite pago ao produtor, e esse movimento é explicado pela redução da oferta no campo. A limitação da produção, por sua vez, ocorre devido ao clima adverso (seca e calor) e à retração das margens dos pecuaristas no último trimestre do ano passado, que reduziram os investimentos dentro da porteira.

As importações continuam sendo pauta importante para agentes do mercado. Embora as compras externas de lácteos estejam em queda, o volume internalizado neste ano ainda supera o do ano passado. Dados da Secex (Secretaria do Comércio Exterior) apontam que, em março, as importações caíram 3,3% frente a fevereiro.

Porém, essa quantidade ainda é 14,4% maior que a do mesmo período do ano passado. Considerando-se o primeiro trimestre do ano, as aquisições somaram quase 577,5 milhões de litros em equivalente leite, 10,4% acima do registrado nos três primeiros meses de 2023.

Nesse contexto, a expectativa de agentes de mercado é que o ritmo de valorização do leite ao produtor perca força em abril.

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