Um queijo azul norueguês superou concorrentes de todo o mundo na sexta-feira para se tornar o novo queijo número 1 do mundo.

O queijo, Nidelven Blå, do fabricante de queijos Gangstad Gårdsysteri, competiu com o crème de la crème do mundo dos queijos em Trondheim, Noruega, no maior evento global de queijos do mundo.

Organizado pela Guild of Fine Food, o World Cheese Awards, agora em sua 35ª edição, viu especialistas de todo o mundo unirem forças para coroar o campeão deste ano.

E 2023 marcou um ano recorde para a competição, com 4.502 queijos, o maior número de todos os tempos, chegando “de barco, caminhão, trem e avião” para serem julgados por um estimado painel de especialistas em queijo.

Após um longo dia de deliberações, o vencedor deste ano foi finalmente escolhido diante de um público ao vivo por um “superjúri” cuidadosamente montado, incluindo o Embaixador da Cultura Alimentar do Whole Foods Market nos EUA, depois que os participantes foram reduzidos a 16.

“Somos uma pequena fazenda de laticínios com sede a apenas duas horas daqui, portanto, isso acontecer em nossa terra natal significa muito, e ter toda a equipe do laticínio aqui acrescenta um brilho extra”, disse Maren Gangstadt, gerente geral da Gangstadt Gårdsysteri, em um comunicado.

Os juízes tinham coisas deliciosas a dizer sobre o Nidelven Blå, um queijo de mofo azul semissólido, feito com leite de vaca pasteurizado.

“Ele tem esse tipo de cremosidade curta, como uma verdadeira fudginess densa”, disse um juiz. Outro o chamou de “o queijo azul perfeito”.

Um terceiro comentou sobre seu equilíbrio e “tons frutados, talvez algumas características semelhantes às do vinho que realmente falam. É uma linguagem muito única”.

Queijos de todo o mundo

O queijo vencedor teve que enfrentar uma concorrência global acirrada.

“A concorrência é sempre acirrada no World Cheese Awards”, disse John Farrand, diretor administrativo do World Cheese Awards, à CNN Travel antes do evento.

“Na verdade, temos mais de 40 países diferentes competindo. Portanto, esperamos que os queijos desses países sejam da melhor qualidade.”

Os procedimentos tiveram início na arena coberta Trondheim Spektrum na manhã de sexta-feira, quando o painel de jurados mais amplo, formado por 264 especialistas em queijos, começou a avaliar entre 40 e 50 queijos em cerca de 100 mesas, trabalhando em equipes de dois a três.

“O que pedimos a eles, de forma bem simples, é que avaliem os aspectos visuais do queijo e o aroma do queijo”, diz Farrand.

“Depois, há uma espécie de peso maior na pontuação do sabor e da sensação na boca do queijo. Portanto, eles estão analisando todos os aspectos do queijo e como eles se combinam.”

Depois que cada grupo chegou a um acordo, as melhores escolhas receberam o status de ouro, prata ou bronze, com cada mesa julgadora selecionando uma como “super ouro”.

Na etapa seguinte da competição, os campeões “super gold” foram reduzidos a 16 finalistas pelo Super Júri, formado por uma equipe de 16 especialistas, que debateram os finalistas, com Nidelven Blå ficando em primeiro lugar.

“A comunidade do queijo é forte”, diz Farrand. “Eles [os juízes] realmente gostam. Eles se divertem.

“Mas, no final das contas, é um trabalho muito sério. Porque para os pequenos produtores de queijo que ganham prêmios, isso pode contribuir muito para o sucesso e o crescimento de seus negócios.”

Números expressivos da Noruega

O país anfitrião, a Noruega, teve o maior número de inscrições de todos os tempos, 293, este ano.

De acordo com Farron, o World Cheese Awards cresceu de cerca de 250 “inscrições majoritárias do Reino Unido”, quando começou em 1988, para 4.502 inscrições de 43 países diferentes em todo o mundo este ano.

“Realmente temos queijos de todo o mundo”, acrescenta ele, explicando que a equipe trabalha arduamente para garantir que os prêmios sejam acessíveis a pequenos produtores de queijos artesanais, de modo que a lista seja a mais eclética possível.

“Este ano, temos alguns queijos realmente interessantes da Índia e do Japão, que só foram permitidos muito recentemente, nos últimos dois ou três anos, na premiação.

“Mas nossos juízes também gostam de encontrar os antigos favoritos.”

Em 2022, o cobiçado prêmio foi para o fabricante de queijos suíço Vorderfultigen e para o affineur (refinador) Gourmino’s Le Gruyère AOP surchoix.

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