Projeto busca pesquisar a eficiência da adubação do capim para o aumento e melhoria da produção de leite em vacas.
capim
Exemplar da raça Gir Leiteiro pastoreando no setor de Pastagens — Foto: Divulgação Fazu
Uma pesquisa em Uberaba busca entender a eficácia de adubos para capim utilizado de alimentos para bovinos, para aumentar a produção e a qualidade do leite.

Para realizar a pesquisa e quantificar a eficácia desses fertilizantes, a Fazu – Faculdades Associadas de Uberaba, buscou uma parceria com a Ubyfol, instituição privada de fertilizantes.

O objetivo da pesquisa é mostrar a eficácia dos fertilizantes utilizados e aumentar a produção e qualidade de leite das vacas utilizadas. Segundo o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, o experimento busca “que a planta expresse seu máximo potencial genético. Não substituindo a adubação e correção do solo, mas potencializando com adubo foliar”.

“Esse adubo foliar age na fisiologia da planta, para que ela possa ter mais perfilhamento, consequentemente mais folhas. É uma planta que busca maior quantidade de proteína bruta, de energia, de digestibilidade. E isso lá na frente, os animais que estão a pasto, aumente o consumo e também aumentem a produção de leite”.

A pesquisa é realizada no capim Brachiaria Marandu, uma das espécies de capim mais utilizadas no Brasil. Para a adubação é utilizado drones que sobrevoam os lotes e dispersam o fertilizante sobre as folhas do capim, assim tratando de uma adubação foliar, para fortalecer e estimular o desenvolvimento da forragem, utilizado para alimentar as vacas.

Para demonstrar a eficácia do experimento, são separados cinco piquetes: um de controle, sem adubação, e outros com quantidades de adubos controlados com a rotação dos animais, como explica o professor e pesquisador da Fazu Arthur Alves.

“O experimento tem duração de 120 dias e em cada piquete os animais ficam cinco dias. Então, rotacionam esses animais cinco dias por piquete e esses animais passam quatro vezes em cada piquete para a gente entender a resposta fisiológica do capim a esses adubos foliares”, relata.

Parceria em Uberaba testa a eficácia de adubos para o capim

Os adubos foliares agem de forma diferente da adubagem tradicional de solo, em que a planta vai utilizar os nutrientes da solução de fertilizantes e da água a partir da absorção. Como explica Rayner, a aplicação pode corrigir problemas como a lixiviação, que é a retirada de nutrientes do solo, a volatilização e a imobilidade dos nutrientes.

“E aqui a gente busca uma aplicação a mais, foliar, para a planta poder absorver no seu processo fisiológico. Então, é mais uma chance que temos de poder proporcionar uma maior produção e maior qualidade para essa planta que é a base alimentar as nossas vacas”, conta.

A análise é feita diariamente em diferentes etapas, exemplificado pelo Afonso Santos, estudante que faz parte da equipe de pesquisa.

“Tem dia que é feita aplicação com drone, tem dia que faço a coleta da forragem e tem dia que vai ter que fazer a pesagem do leite. Eu faço a pesagem do leite para fazer a comparação de um adubo para o outro”, explica.

Para verificar de forma mais precisa a quantidade de nutrientes no capim, é utilizado equipamentos de análise, usando o capim seco, que passou por uma estufa e triturado até virar um pó, repassando os resultados, como explica Larissa Ozias, técnica de laboratório.

“A gente passa os resultados, as porcentagens de cada teor de nutrientes para que eles possam fazer a correção conforme o que eles estão necessitando de cada nutriente”, conta.

Segundo o analista de desenvolvimento técnico de mercado da Ubyfal, William Silva, a parceria com a Fazu é muito importante.

“Com essa instituição fica mais seguro da gente posicionar e comprovar a performance dos nossos produtos em campo. Isso aumenta a nossa credibilidade perante o mercado e a credibilidade da instituição de ensino”.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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