Segundo as informações da edição de novembro do Agro em Dados, publicação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, setor leiteiro brasileiro registrou oscilações em setembro de 2024.
Enquanto o custo com energia elétrica apresentou redução em relação ao mês anterior, os gastos com mão de obra e suplementação animal aumentaram, pressionando a cadeia produtiva.
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De acordo com dados do Cepea, o preço do leite atingiu R$ 2,86 na média mensal para o Brasil, representando um aumento de 33,8% em relação ao mesmo período do ano passado, o maior valor já registrado.
De acordo com o Agro em Dados, alta nos preços nacionais do leite cru reflete os baixos estoques nos laticínios e a acirrada concorrência entre as indústrias pela matéria-prima, fatores que ganharam força em um cenário de oferta limitada devido às condições climáticas adversas. Internacionalmente, a disponibilidade de leite segue reduzida nas principais nações fornecedoras, o que tem impulsionado os preços dos lácteos no mercado global.
Em setembro, as exportações brasileiras de produtos lácteos registraram um desempenho positivo, com destaque para o aumento expressivo no envio de doce de leite para a Venezuela, que absorveu 63% do volume destinado ao mercado externo.
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Em outubro, o volume exportado para o Paraguai cresceu 15,2%, consolidando o país como um importante destino dos derivados lácteos brasileiros. Goiás, por sua vez, ampliou sua presença internacional ao incluir o Paraguai em seus destinos de exportação já no início de 2024.
No campo das importações, o Brasil manteve um ritmo estável, com crescimento de 7,5% no volume em outubro, comparado a 2023. Argentina e Uruguai lideraram como fornecedores de queijos e leite em pó, evidenciando um aumento de 4,7% no acumulado do ano, tendência crescente desde 2022.
Com a estabilização do período chuvoso, projeta-se uma melhora na qualidade das pastagens, o que deve favorecer a alimentação animal e impulsionar a produção de leite no país.
Esse cenário pode contribuir para a recuperação da oferta e a redução dos custos de produção, trazendo maior equilíbrio ao setor nos meses subsequentes, conforme apontado pela edição de novembro do Agro em Dados, da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).