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26 mar 2025
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leite
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 27-08-2022: GBM Urbanismo faz o lançamento do novo empreendimento Cidade Laguna na Caucaia. (Foto: Samuel Setubal/ Especial para O Povo) / Crédito: Samuel Setubal/ Especial para O Povo

A produção de leite cresceu mais de 75% em sete anos no Ceará, segundo a Estatística da Produção Pecuária da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O total de litros passou de 238,3 milhões, em 2017, para 418,7 milhões em 2024. Conforme o presidente do Sindicato da Indústria de Lacticínios e Produtos Derivados do Ceará (Sindlaticínios), José Antunes Mota, o setor está em crescimento e a produção chega a 2 milhões de litros por dia no Estado.

Além disso, cita que uma das principais metas do órgão é priorizar o leite do produtor local. Vale lembrar que a cadeia produtiva é isenta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“O governo tem sido um parceiro importante e prestigia o produtor. Então, estamos priorizando o produtor local, apesar de ainda haver muitos produtos feitos aqui com origem de outros países. Nossa prioridade é o cearense, aquele que está lá no campo, acordando todos os dias às 3h da manhã para tirar o leite.”

Jussara Rocha, diretora do Grupo + Food, explica que a principal meta do seminário é incentivar a profissionalização e o crescimento do setor.

Com faturamento de R$ 28 milhões, Laguna quer aumentar produção em 10% 

Com um faturamento de R$ 28 milhões em 2024, a Laguna, empresa cearense produtora de queijos especiais, quer aumentar sua produção em 10% para 2025. No ano anterior, foram captados 6 milhões de litros de leite e produzidos aproximadamente 70 mil kg de queijos e derivados por mês.

Para Nelson Prado, diretor do Grupo Fazenda Laguna, o mercado de queijos especiais vem crescendo no Estado, com uma maior procura dos clientes por produtos diferenciados. 

“Vinham normalmente de outros estados, principalmente de Minas Gerais. E agora o mercado local vem pedindo esses produtos inovadores, que exigem um pouco mais de conhecimento, técnica e inovação […] É um produto que tem um valor agregado melhor, que valoriza mais o leite. Quanto mais a gente consegue agregar valor ao queijo, mais forte a indústria fica para valorizar mais o produtor e pagar um leite melhor.”

Já o outro diretor da empresa, Maurício Prado, pontuou que um dos maiores desafios que o setor enfrenta é a melhoria no leite recebido.

“Isso não é uma questão só do produtor. A cadeia do leite precisa ser melhor, desde o resfriamento até o transporte. Temos uma responsabilidade grande nisso, como laticínios também. Esse é o grande desafio.”

Questionado sobre o peso da inflação, Nelson Prado acredita que pode trazer uma dificuldade para a venda de queijos especiais, por ter a tendência de corroer o potencial de consumo do brasileiro. 

“É lógico que estamos bem posicionados no mercado e conseguimos atingir diferentes públicos, trabalhamos com supermercados de Fortaleza e restaurantes, por isso, conseguimos manter e agregar valor ao nosso produto. Mas a inflação acaba dificultando nossa venda para o cliente da classe C, que estava crescendo, porque ele pode, em algum momento de dificuldade, optar por um queijo mais barato.”

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