Os produtores de leite no Rio Grande do Sul estão enfrentando dificuldades na oferta de pastagens devido ao frio intenso das últimas semanas.
Rio Grande do Sul estão enfrentando dificuldades na oferta de pastagens
Rio Grande do Sul estão enfrentando dificuldades na oferta de pastagens

Na última quinta-feira (18), a Emater/RS-Ascar divulgou o Informativo Conjuntural, revelando que os produtores de leite no Rio Grande do Sul estão enfrentando dificuldades na oferta de pastagens devido ao frio intenso das últimas semanas. Esta situação aumentou a dependência de suplementação com rações, silagens e fenos.

Os estoques de volumosos estão sendo intensamente consumidos, o que pode levar ao desabastecimento em algumas propriedades durante o inverno. O manejo dos animais em sistemas a pasto também está comprometido pelo excesso de formação de barro, causado pelo grande volume de chuvas, que prejudica a qualidade do leite e eleva os casos de mastite devido à sujidade nos úberes.

Pastagens bem manejadas amplificam ganho de peso diário e produção de leite – eDairyNews-BR

Na região administrativa de Bagé, os preços do leite estão em patamares satisfatórios, incentivando o uso intenso de concentrados. Em Caxias do Sul, o estado corporal das matrizes se manteve estável graças à suplementação com forragem conservada, como pré-secados, silagem de milho e cereais de inverno.

Em Erechim, o rebanho leiteiro mantém boa condição nutricional, embora os custos de produção tenham aumentado devido à intensificação do uso de concentrados e volumosos conservados.

Na região de Ijuí, a produção de leite segue estável, com uma redução de volume nas propriedades de sistema a pasto devido à baixa produção das forrageiras. Em contrapartida, nos sistemas confinados, o volume de produção aumentou.

Em Passo Fundo, os animais mantêm adequado estado nutricional devido à suplementação alimentar, apesar da redução dos estoques de silagem e pré-secados. Em Eldorado do Sul, na região de Porto Alegre, foi relatado o retorno do funcionamento de linhas de leite que haviam sido interrompidas pela enchente.

Na região de Pelotas, as estradas ainda apresentam problemas de trafegabilidade, afetando a coleta de leite, mas sem interrupções na produção. As águas permanecem altas nas propriedades ao redor do Canal de São Gonçalo e da Lagoa dos Patos. Em Santa Maria, a intensa pressão sobre as áreas disponíveis tem levado ao sobrepastejo, comprometendo a qualidade do pasto.

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Em Santa Rosa, os produtores relataram uma considerável redução nas infestações de ectoparasitas e nas patologias parasitárias, com a qualidade do leite se mantendo adequada devido às boas condições corporais das vacas. Em Soledade, o período chuvoso e úmido tem favorecido o surgimento de mastites, especialmente em função do excesso de umidade nas pastagens e nas proximidades das instalações.

O levantamento de preços realizado pela Emater/RS-Ascar indicou um aumento de 2,45% no preço médio mensal do litro do leite no Estado, comparado ao mês anterior, atingindo R$ 2,51. A variação nos preços recebidos pelos produtores deve-se a diferentes fatores, incluindo o volume comercializado e as bonificações por quantidade e qualidade do leite, conforme os parâmetros normatizados para o produto.

 

 

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