Presente na culinária mundial há quase 40 anos, os queijos análogos e processados são utilizados no Brasil e no mundo nas mais consagradas redes de fast food de sanduíches e pizzas ao redor do mundo e estabelecimentos comerciais, por apresentarem um padrão, o que permite um ótimo desempenho das receitas além da durabilidade.
Os alimentos análogos são versões com algumas características diferentes em relação aos tradicionais. Atualmente existe uma infinidade de produtos análogos e produtos alimentícios similares aos tradicionais disponíveis nas gôndolas dos supermercados, que cabem no orçamento dos consumidores de diferentes classes sociais.
Há milhares de opções para que ele escolha, seja por questões nutricionais ou econômicas como, por exemplo: Manteiga x Margarina, Doce de Leite x Doce de Soro de Leite, Leite em pó x Composto lácteo em pó, Iogurte x Bebida Láctea de Iogurte, entre outros.
Todos os alimentos industrializados, independentemente de serem tradicionais ou análogos, ou ainda, de usarem ou não gorduras vegetais e amidos em suas composições, devem respeitar suas respectivas legislações vigentes para serem considerados seguros tanto do ponto de vista nutricional, como sanitário. Também devem ser rotulados com a denominação correta, seguindo todos os preceitos de respeito e obediência aos direitos do consumidor, evitando induzi-lo ao erro ou confusão.
O uso dos queijos análogos é muito comum nos Estados Unidos, México e Europa, principalmente, no preparo de pizzas e sanduíches. De acordo com o engenheiro de alimentos da Alibra, João Bosco Dias Pinheiro, os queijos análogos são bem vistos por serem mais baratos do que os tradicionais, por serem seguros do ponto de vista sanitário e nutricional e por não apresentarem variação em suas características físicas e sensoriais no decorrer do ano.
“O uso dos queijos análogos é uma ótima alternativa, já que a cadeia do leite sofre grandes variações em função do clima, balança comercial e entressafra”, pontua. Ele ressalta ainda que a utilização desses alimentos, além de não ser prejudicial à saúde do consumidor, é muito importante para a economia do país, pois gera empregos na indústria e recolhe muito mais impostos que os queijos tradicionais, os quais são altamente subsidiados pelo Estado.
Características dos queijos análogos
Os queijos análogos seguem as tendências mais modernas da alimentação e são perfeitamente adequados para atender às necessidades nutricionais específicas do consumidor, já que podem possuir diferentes composições e atributos nutricionais. Dentre as principais características estão baixo teor de sódio, baixa caloria, baixa gordura trans, baixo teor de lactose e ausência de glúten.
Outras características predominantes são o sabor agradável, não aglomeram após serem ralados, evitam excesso de gordura após o forneamento e o derretimento excessivo em sanduíches, além da ausência de agentes patogênicos e contaminantes, ausência de resíduos de antibióticos e pesticidas, baixa carga microbiana e a estabilidade microbiológica.
Segundo Bosco, tanto os queijos análogos quanto os queijos tradicionais podem conter ingredientes não lácteos em sua composição que, se utilizados conforme as dosagens recomendadas e autorizadas pela legislação, não afetam a saúde do consumidor. “Os queijos podem conter proteína de leite e outros ingredientes lácteos e não lácteos legalmente aprovados e seguros, como a gordura vegetal, por exemplo, com ou sem a presença de gorduras trans e sem colesterol, sem lactose e outras características desejadas pelo mercado em qualquer alimento”, explica.
O especialista enfatiza ainda que o mercado precisa disponibilizar versões de produtos para atender a todas as classes sociais. “De qualquer forma, uma estratégia que deve ser mantida no radar da indústria de alimentos nacional é reforçar a linha de produtos seguros e com preços que caibam no orçamento dos menos favorecidos em renda. E nesse contexto, os produtos análogos têm uma função muito importante ao proporcionar inclusão, economia, nutrição e saudabilidade aos consumidores de diferentes classes sociais”, finaliza
Fonte: Food Connection