A tecnologia está sendo uma grande aliada para melhorar os resultados no agronegócio.

Graças a um ecossistema de soluções digitais, que já atende 7.000 fazendas de leite e corte no Brasil, Uruguai e Argentina, os produtores estão obtendo uma gestão profissionalizada, com um sistema que detecta doenças nos animais, faz a rastreabilidade e ainda ajuda nas tomadas de crédito.

Agora, a Rúmina fechou uma rodada Série A de R$ 25 milhões liberada pela Barn Investimentos, com participação da Indicator Capital, que juntas estão investindo R$ 17 milhões. O valor restante da rodada está sendo complementado por outros fundos de venture capital nacionais, internacionais e um grupo de investidores-anjo.

Crescimento da plataforma

O aporte servirá para acelerar ainda mais o crescimento da plataforma e a penetração da Rúmi, a inteligência artificial da Rúmina.

“Temos a maior e mais relevante base de dados sobre a cadeia da pecuária brasileira e nossos serviços contribuem para a melhoria da eficiência produtiva de milhares de fazendas de todos os tamanhos. Com o investimento, poderemos consolidar ainda mais nosso crescimento ampliando a gama de soluções que vão impactar positivamente o setor, de forma sustentável”, afirma Marcelo Ferreira, cofundador da Rúmina.

O objetivo da Rúmina é ajudar pecuaristas a usar a tecnologia para reduzir o impacto ambiental da atividade, aumentando a produtividade da fazenda e liderando a transformação digital do setor, além de contribuir com o bem-estar animal em mais de 300 mil fazendas de pecuária no Brasil e na América Latina nos próximos 10 anos.

“O futuro da pecuária global passa pela melhoria da saúde animal e sustentabilidade. Ao gerirmos mais de 10% do leite brasileiro, evitamos em 2021 o uso de quase 230 mil doses de antibióticos e o descarte de mais de 7 milhões de litros de leite. Contribuímos para a melhoria da eficiência produtiva de milhares de propriedades, acompanhando os principais indicadores financeiros e zootécnicos para produzir mais com o mesmo rebanho e tamanho de propriedade”, afirma Laerte Cassoli, cofundador e CEO da Rúmina.

Junção de empresas

Criada pela gestora 10b – focada em soluções inovadoras e sustentáveis para os setores de agronegócios e alimentos, parte do ecossistema SK Tarpon – a Rúmina é o resultado da consolidação das empresas OnFarm, Ideagri, Volutech e Rúmicash e reúne soluções de biotecnologia, SaaS, IoT e Inteligência Artificial, voltadas a saúde animal, gestão de fazendas, rastreabilidade e crédito para o pecuarista.

“Mesmo antes de criarmos a Barn, estudamos o setor da pecuária por anos, com histórico prévio de investimento. Temos convicção de que este mercado no Brasil se tornará rapidamente mais técnico e assim, ainda mais eficiente e competitivo, ao mesmo tempo, menos poluente”, explica Flavio Zaclis, fundador da Barn Investimentos.

“Os consumidores exigirão cada vez mais transparência, rastreabilidade e controle sobre os processos de produção e criação do animal. Acreditamos que o caminho para isso necessariamente passa pela adoção de tecnologia no campo e arredores. Também estamos convencidos de que o produtor e as cadeias do leite e da carne querem soluções de tecnologias super integradas, que resolvam diferentes problemas em uma mesma plataforma, unificada e integrada, como é o caso da Rumina. Acreditamos no projeto, potencial e estratégia da Rumina para se tornar a mais importante empresa de tecnologia para o mercado da pecuária”, afirma Flavio.

Agronegócio: alicerce da economia brasileira

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil é o 4ª maior produtor de leite do mundo, com produção acima de 34 bilhões de litros por ano e mais de 1 milhão de produtores nacionais.

O setor movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano, gerando mais de 4 milhões de empregos no campo. Já em relação ao mercado de pecuária de corte, o país é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, com 16,8%, atrás apenas dos EUA, que detém 20% do volume produzido globalmente, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês).

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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