O Prêmio Queijos do Paraná divulgou os 99 produtores premiados entre 323 inscritos – 28 ganharam medalha de bronze, 30 obtiveram a de prata, 30 conquistaram a de ouro e 10 a medalha superouro.
Todos os produtores premiados ganharam medalhas e podem estampar a imagem da medalha na embalagem do queijo.
O grande vencedor do concurso foi o parmesão da Frimesa, de Marechal Cândido Rondon. A empresa foi representada na premiação, realizada no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, em 1º de junho, por Edson Merece de Mello Filho, gestor de contas especiais.
“O parmesão Frimesa se difere dos demais com excelente padronização referente aos critérios sensoriais como aroma, crosta firme e lisa, cor ligeiramente amarelo-laranjado e sabor picante”, descreve Elias José Zydek, presidente da Frimesa.
Ele acrescenta que a companhia cumpre com a legislação de maturação de seis meses para o queijo parmesão de cinco quilos. “Somos referência na produção de queijos nobres há mais de 40 anos, primando pela sofisticação, qualidade e rigorosos processos tecnológicos de fabricação”, destaca.
Nos principais estados do Brasil
O queijo premiado está disponível para todo o Brasil, sendo que quase 800 clientes compraram o queijo desde o início do ano. Os principais estados atendidos são Paraná, São Paulo, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
“Esse queijo também é exportado para o Paraguai e já exportamos para países como Ásia e África”, acrescenta. Para alcançar a alta qualidade no produto, a companhia detém o controle de toda a cadeia produtiva do leite, desde o produtor rural até o varejo, permitindo rastreabilidade em todas as etapas.
SUPEROURO
Dos 10 produtos premiados com a medalha Superouro, três têm a assinatura do produtor Leomar Melo Martins, de Santana do Itararé, pequeno município localizado no Norte Pioneiro. As medalhas Superouro foram conferidas aos queijos mananciais, maná meia cura com fungo e maná safrás. Ele ainda levou para casa outras cinco medalhas: quatro de ouro e uma de prata.
“Verificar o cenário potente do queijo artesanal no Estado nos dá um ânimo a mais. É possível uma pequena propriedade fazer um produto nobre, diferenciado. Estamos no caminho certo e trabalhando para sempre fazer o melhor do que nos propomos a fazer: os queijos”, destaca Leomar.
A produção artesanal 100% familiar se concentra no Sítio Aliança, sendo que o trabalho no cotidiano é desempenhado por Leomar, a esposa Marisa, o filho Lucas e a filha Daniela.
O queijo mananciais foi apontado por uma das juradas como semelhante a um queijo francês chamado saint-nectaire. “Elaboramos esse queijo a partir de um curso usando um fungo específico, mas que não é importado. O queijo tem cheiro de terra molhada, interior macio, amarelo e cremoso, dando refrescância na boca e vontade de comer mais”, descreve Leomar.
O maná meia cura com fungo conta com café especial do Norte Pioneiro na sua composição. Bem maturado, apresenta uma capa de fungo por fora, com um leve toque de café. “Esse queijo já foi medalhista na França e recebeu um incremento a mais para essa competição do Paraná”, destaca Leomar.
Com a parte interna amarela, o maná safrás tem em sua composição uma planta chamada sassafrás, característica da região de Jaguariaíva, usada para chimarrão. “Quando alguém morde o queijo sente uma queimadinha e depois o sabor dá uma adocicada e refrescância.”
O leite em primeiro lugar
Para produzir queijos de qualidade, um dos pilares principais é o leite. “A qualidade do leite é 50% responsável por um queijo de boa qualidade. A maturação, a temperatura e a umidade também são diferentes para cada tipo, vamos regulando conforme cada queijo. Os fungos específicos que utilizamos são da nossa própria queijaria”, descreve.
O Sítio Aliança produz hoje oito variedades de queijo, comercializados na propriedade. “Devido à alta procura por causa da premiação, teremos mais pontos de venda. Em Curitiba, nosso plano é estarmos no Quiosque do Queijo a partir de julho”, anunciou.
O CONCURSO
Idealizado e produzido pelo Sistema Faep/Senar-PR, Sebrae-PR, IDR-Paraná e Sindileite-PR, o concurso não se limitou à disputa: ao longo dos últimos nove meses, foram realizadas dezenas de ações, visando fortalecer o setor lácteo.
“O objetivo deste prêmio é reconhecer os produtores rurais que fazem um trabalho de excelência. Os queijos produzidos no Paraná têm padrão internacional. Estamos entre os melhores produtores do país. Precisávamos dar visibilidade a essa excelência. Foi isso que fizemos com esse prêmio”, pontua Ágide Meneguette.
A iniciativa reuniu 28 entidades apoiadoras, entre universidades, instituições públicas e associações ligadas à cadeia produtiva dos lácteos. Juntos, todos levaram a campo dezenas de ações voltadas ao desenvolvimento do setor lácteo, com a qualificação de produtores de leite, de produtores artesanais de queijo e de indústrias lácteas.
Além disso, também houve eventos promocionais, oficinas, minicursos e conferências online, direcionados ao público consumidor e a empórios e lojas especializadas em queijos.
O prêmio faz jus à importância do setor leiteiro estadual: há produção de leite em todos os 399 municípios do Paraná. O Estado é o segundo maior produtor de leite do país, com 12 milhões de litros/dia, dos quais 5 milhões são destinados à fabricação de queijos.
Ao final da premiação, o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da Faep, Ronei Volpi, anunciou que a iniciativa terá continuidade: em 2025, haverá a 2ª edição do Prêmio Queijos do Paraná. Até lá, as entidades permanecerão unidas em torno do desenvolvimento do setor, levando adiante o trabalho que tem surtido bons resultados. “Vamos continuar com essa iniciativa de sucesso e de união”, afirmou Volpi. (Com informações da Faep)
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