Sistema de produção de leite com vacas Girolandas produzindo mais de 24 litros de leite por dia em regime de pasto e ordenhadas com robôs automatizados.
Automatiza. Trouxemos as doadoras de embriões para nossa fazenda e desenvolvemos uma genética de animais mansos e dóceis, produtivos e longevos.
Trouxemos as doadoras de embriões para nossa fazenda e desenvolvemos uma genética de animais mansos e dóceis, produtivos e longevos.

Sistema de produção de leite com vacas Girolandas produzindo mais de 24 litros de leite por dia em regime de pasto e ordenhadas com robôs automatizados. Este projeto inovador que está sendo desenvolvido em uma fazenda próxima a Campo Grande foi destino ontem (09) de uma visita técnica da equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e assistência técnica da Agraer (Agência de desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de MS).

O grupo liderado pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável Rogério Beretta, da Semadesc, contou com a presença do coordenador de pecuária leiteira Orlando Serrou Camy Filho, o gestor de Desenvolvimento Rural, João Roberto Felipe, o pesquisador da Agraer Vitor de Oliveira e o gestor em desenvolvimento agrário da Agraer, José Carlos Gasperoni.

 

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O objetivo foi conhecer o sistema de produção que utiliza alta tecnologia em equipamentos e um eficiente sistema alimentar e de manejo do rebanho, alcançando resultados econômicos positivos para o empreendimento.

A equipe foi recebida pelo diretor executivo do Grupo Guarujá, Luiz Venturi e o gerente de pecuária leiteira Hamilton Luiz de Nadai. No local eles conheceram o projeto que contou com recursos do FCO (Fundo Constitucional do Centro Oeste) e teve início em junho deste ano. Num talhão de 130 hectares, o grupo trocou a lavoura de soja por um sistema de produção de leite de alta eficiência, explorando a alta lotação proporcionada pelo pastejo rotacional, alimentação balanceada e ajustada a demanda individual além da ordenha robotizada.

Contando com vacas da raça Girolando selecionadas para produção elevada de leite em ambiente tropical. O projeto é modular e até o momento 25% do projeto foi executado. A ordenha voluntária é uma das características do sistema robotizado. Nesse processo, a vaca vai até o robô na hora que deseja, eliminando a necessidade de buscar o gado.

O diretor do grupo Luiz Venturi explicou que na unidade onde o projeto está sendo implementado, já estão sendo ordenhadas 110 vacas em dois robôs e a produção média está acima de 24 litros por vaca/dia, e chegará em poucas semanas em 180 vacas ordenhadas.  “Esse sistema traz benefícios tanto para o produtor quanto para o animal e funciona desde o micro produtor assim como para o grande”, destaca.

Robô executa a ordenha das vacas

O gerente de pecuária da fazenda Hamilton Luiz de Nadai conta que a ideia do projeto de leite do grupo surgiu em 2018 ainda em outra fazenda, situada na MS 040 baseada no modelo de produção da Nova Zelândia, de criação do gado em pastagens. “Buscamos uma raça que se encaixasse neste clima e sistema de produção do Centro-Oeste e a Girolanda foi a escolhida.

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Trouxemos as doadoras de embriões para nossa fazenda e desenvolvemos uma genética de animais mansos e dóceis, produtivos e longevos. Continuamos selecionando em nossos animais, vacas mansas, com bons aprumos, úberes bem posicionados, tetos de tamanho e formato adequado, alta produção e longa persistência. Para nós o Girolando é a raça que consegue se adaptar bem neste sistema de produção no Mato Grosso do Sul”, complementou.

O processo de produzir leite a pasto, além de ser mais natural, promove o conforto e bem estar do animal e pode ser um grande diferencial no mercado, para produção de baixo custo.

Apesar do custo inicial elevado da ordenha robotizada, o grupo ressalta que o investimento compensa a longo prazo já que os gastos com mão de obra na ordenha são significativamente menores e com ganhos em qualidade de leite. A Agropecuaria Guaruja alcançou neste sistema de produção de leite com ordenha robotizada margens de lucro de 30% mesmo antes do projeto ser totalmente implementado.

Além dos gastos menores com mão de obra, o gasto com a suplementação das vacas também é menor, pois explora a qualidade e produtividade da pastagem intensificada, além de reduzir o desperdício, ajustando a suplementação de ração a cada indivíduo.

 

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