A lei foi sancionada pelo governador Elmano de Freitas e publicada no Diário Oficial do Estado. Supermercados e hipermercados terão até setembro para se adequar às novas regras.
Supermercados e hipermercados têm até quatro meses para se ajustarem às novas regras.
Supermercados e hipermercados têm até quatro meses para se ajustarem às novas regras.
O governador Elmano de Freitas (PT) sancionou, no último 2 de maio, a lei que obriga supermercados e hipermercados a informarem ao consumidor sobre a comercialização de itens similares a produtos lácteos. A sanção foi publicada no Diário Oficial do Estado nessa segunda-feira (6) e o setor terá até setembro para se adequar às regras.

O texto é de autoria dos deputados estaduais Romeu Aldigueri (PDT) e Missias Dias (PT) e já havia sido aprovado em plenário na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

A legislação estadual entende como itens análogos a produtos lácteos os alimentos que imitam características e funções dos produtos lácteos tradicionais, mas são feitos sem uso de ingredientes derivados do leite animal. São exemplos disso misturas de creme desidratado e misturas de leite desnatado e gordura vegetal em pó.

Placas visíveis ao público

Com a norma, supermercados e hipermercados que comercializem produtos análogos a lácteos são obrigados, agora, a afixar placas ou informativos em local visível ao público, informando sobre a substituição. O informe deverá ter as dimensões mínimas de 30cm x 20cm e ser acompanhado da seguinte mensagem: “Atenção: este estabelecimento comercializa produtos análogos a produtos lácteos. Verifique a embalagem antes da compra”.

A lei entra em vigor em setembro deste ano, quatro meses após a publicação no Diário Oficial.

Justificativa da lei

O projeto de lei foi apresentado à Assembleia no ano passado, após repercutir na imprensa nacional que a substituição de produtos lácteos por derivados se tornou alternativa para muitas famílias devido à alta de preços dos alimentos. Contudo, os substitutos são pouco nutritivos e alguns podem, inclusive, não “fazer bem” à saúde, por conterem aditivos alimentares como conservantes, estabilizantes e açúcar.

No texto debatido pelos parlamentares, o deputado Romeu Aldigueri ponderou que o crescimento do consumo de compostos lácteos é “reflexo de uma série de fatores, entre eles: a busca por alternativas alimentares por pessoas com intolerância à lactose ou alergias, aumento do número de veganos e vegetarianos e a crescente preocupação com o meio ambiente e bem-estar animal”. No entanto, ele entendeu que a similaridade dos produtos com os lácteos tradicionais pode gerar confusão no momento da compra.

“A proposta de obrigar supermercados e hipermercados a informarem claramente sobre a comercialização de produtos análogos a produtos lácteos visa proteger e orientar o consumidor. A afixação de placas ou informativos em locais visíveis garante que o consumidor seja alertado sobre a presença desses produtos no estabelecimento, permitindo que ele tome decisões de compra mais informadas. Além disso, a medida proposta é alinhada com os princípios do Código de Defesa do Consumidor, que preconiza o direito à informação clara e adequada sobre os diferentes produtos e serviços. Ao garantir que os consumidores sejam devidamente informados, estamos promovendo uma relação de consumo mais transparente e justa”, conclui o projeto de lei.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

Você pode estar interessado em

Notas
Relacionadas

Mais Lidos

Destaques

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER