A adoção de tecnologia sustentável para o controle de parasitas em bovinos marca um avanço importante na pecuária brasileira. Uma startup lança uma solução inovadora que combina nanotecnologia, biopolímeros e mecanismos de liberação controlada para combater carrapatos e moscas-dos-chifres — dois dos maiores vilões da produtividade no rebanho.
De acordo com o portal Canal Rural, a nova tecnologia permite reduzir perdas significativas: segundo estimativas da Embrapa, infestações de carrapato podem diminuir o ganho de peso do gado em até 25%, enquanto ataques de moscas-dos-chifres podem custar até 40 kg por animal durante o ciclo produtivo.
O que propõe a solução
A fórmula desenvolvida incorpora dois ingredientes ativos encapsulados em nanopartículas biopoliméricas, o que permite que sejam liberados de forma controlada no animal, aumentando a eficácia e prolongando o efeito. A empresa está em fase avançada de validação real em fazendas para comprovar a eficiência em condições de campo.
Por que isso importa para a pecuária
No cenário nacional, a pecuária enfrenta desafios estruturais: altos custos de combate a parasitas, resistência crescente aos tratamentos convencionais e impacto ambiental dos insumos químicos. A introdução de uma tecnologia sustentável significa uma nova fronteira: menos uso de químicos agressivos, menor impacto ambiental, maior produtividade e redução de perdas.
Benefícios esperados
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Elevado controle de ectoparasitas (carrapatos e moscas), com menos uso de tratamentos frequentes.
Menor risco de resíduos químicos em animais de corte e leite, o que favorece a segurança alimentar e a rastreabilidade.
Potencial para reduzir custo por cabeça e custo da produção, melhorando a rentabilidade.
Alinhamento com metas de sustentabilidade, baixo carbono e bem-estar animal — fatores cada vez mais valorizados por mercados e exportações.
Desafios e trajetórias de adoção
Apesar do promissor cenário, a difusão da tecnologia exige atenção a questões como:
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Validação em larga escala e em diferentes regiões/climas brasileiros.
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Custo inicial de adoção para produtores, especialmente para pequenas e médias propriedades.
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Treinamento técnico para manejo e aplicação correta das novas tecnologias.
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Integração com programas de manejo de pastagens, nutrição animal e logística de fazenda.
Impacto para o setor de laticínios
Para a cadeia do leite, essa tecnologia sustentável assume papel estratégico: vacas com menos parasitas produzem mais, mantêm saúde e melhoram qualidade do leite. Isso agrega valor à matéria-prima e favorece a indústria de laticínios que busca eficiência e menor variabilidade na matéria-prima.
Conclusão
Em resumo, o termo tecnologia sustentável sintetiza o novo rumo da pecuária brasileira — inovação aplicada para resolver problemas persistentes com menor impacto ambiental e maior eficiência produtiva.
Escrito para o eDairyNews, com informações da Canal Rural.






