ESPMEXENGBRAIND
10 mar 2025
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A segurança alimentar na indústria de processamento de laticínios pode parecer uma tarefa imensa, mas módulos e recursos desenvolvidos pelo setor ajudam a simplificar esse processo.
treinamento
Há uma ampla variedade de temas nos quais os processadores buscam orientação.

Dada a complexidade do tema, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de subestimar a importância desse treinamento.

O conhecimento necessário vai além de um curso intensivo de poucos dias, pois as operações dos processadores de laticínios exigem um amplo entendimento das normas e práticas.

Principais desafios

De acordo com Roberta Wagner, vice-presidente sênior de assuntos regulatórios e científicos da International Dairy Foods Association (IDFA), há uma ampla variedade de temas nos quais os processadores buscam orientação. Entre os principais estão:

  • Boas Práticas de Fabricação (GMPs)
  • Análise de perigos e avaliação de riscos
  • Design higiênico
  • Monitoramento ambiental (com foco em bactérias como Cronobacter, Salmonella e Listeria)
  • Gerenciamento de fornecedores e planos de recall
  • Higienização e desinfecção de equipamentos secos e úmidos

 

Tim Stubbs, vice-presidente sênior do Innovation Center for US Dairy, destaca que as necessidades de treinamento variam de acordo com o porte da empresa e o papel dos indivíduos dentro dela.

Formatos de treinamento incluem:

  • Palestras presenciais e treinamentos práticos
  • Tutoriais em vídeo e e-learning
  • Realidade virtual com tecnologia 3D para simulações seguras
  • Módulos “just-in-time”, acessíveis digitalmente a qualquer momento

 

Wagner observa que, desde a pandemia de COVID-19, houve uma migração significativa para treinamentos virtuais, proporcionando mais flexibilidade para as empresas.

O impacto da aprendizagem prática

Galer enfatiza a necessidade de treinar equipes de forma interativa. Muitas empresas recorrem ao Innovation Center for US Dairy ou a universidades especializadas, enviando funcionários para workshops ou treinamentos mais aprofundados.

Stubbs ressalta que treinamentos presenciais podem ser altamente eficazes. Em alguns casos, os participantes recebem plantas baixas de fábricas e precisam identificar locais estratégicos para testes de contaminação. Depois, passam por simulações mais complexas, como responder a um alerta de contaminação bacteriana ou lidar com um chamado da FDA.

Capacitação e certificação

Um treinamento muito procurado pelas indústrias lácteas é a certificação de “Indivíduo Qualificado em Controles Preventivos” (PCQI). O curso da Food Safety Preventive Controls Alliance (FSPCA), reconhecido pela FDA, é um dos caminhos para obter essa certificação. A formação cobre:

  • Elaboração de planos de segurança alimentar
  • Análise de perigos e controles preventivos
  • Monitoramento e verificação de processos

 

A necessidade de qualificar dois indivíduos por planta faz com que muitas empresas enviem diversos colaboradores para esse treinamento.

Treinamento para pequenos produtores

Para produtores artesanais, que têm menos recursos, o Innovation Center for US Dairy oferece guias detalhados sobre controle de patógenos e boas práticas de segurança. Além disso, entidades do setor promovem capacitação em grupo e visitas presenciais para ajudar esses empreendedores a elaborar seus planos de segurança alimentar.

Stubbs cita o site safeicecream.org como um exemplo de recurso colaborativo, que disponibiliza templates de planos de segurança alimentar, treinamentos online e materiais em espanhol.

Conclusão

O treinamento eficaz em segurança alimentar deve ser interativo, adaptado ao papel do funcionário e focado no “porquê” das práticas. Mostrar casos reais de doenças transmitidas por alimentos e simular situações críticas ajuda a reforçar a importância do tema.

Dado o impacto da segurança alimentar na saúde dos consumidores e na reputação das empresas, o investimento em formação qualificada é essencial para a indústria de laticínios.

 

*Traduzido e adaptado para eDairyNews 🇧🇷

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