A propositura do evento é do deputado Renato Câmara (MDB), coordenador da Frente Parlamentar do Leite, em parceria com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mato Grosso do Sul e da Semadesc.
Leite. O produtor Marcelo Real partilhou as preocupações sobre a crise que o setor tem travado para se manter vivo.
O produtor Marcelo Real partilhou as preocupações sobre a crise que o setor tem travado para se manter vivo.
O declínio da produção leiteira ameaça a sustentabilidade de toda a cadeia. Os preços têm caído a cada ano, enquanto os custos de produção permanecem muito elevados.

Este desequilíbrio do setor foi debatido na manhã desta terça-feira (4), na Assembleia Legislativa, durante o tradicional “Leite da Manhã”, que abre as atividades do Seminário Estadual do Leite.

A propositura do evento é do deputado Renato Câmara (MDB), coordenador da Frente Parlamentar do Leite, em parceria com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mato Grosso do Sul e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

“Reunimos aqui os principais atores do segmento, demonstrando a força que a atividade tem para Mato Grosso do Sul. A Assembleia, por meio da Frente Parlamentar, tem debatido ações para fortalecer a cadeia e conquistarmos competitividade”, destacou Câmara.

O deputado Junior Mochi (MDB), autor da Lei 4.409 de 2013, que institutiu a Semana Estadual do Leite, disse que a menor produção no campo é reflexo dos altos custos de produção, principalmente dos insumos que compõem a alimentação animal, como farelo de soja e milho.

Precisamos incentivar o consumo do leite. Na medida que aumenta a demanda, toda a cadeia se beneficia. É um dos setores em que emprega mais gente no meio rural e que viabiliza a pequena propriedade”, disse Mochi.

O produtor Marcelo Real partilhou as preocupações sobre a crise que o setor tem travado para se manter vivo. “É necessário estabelecer uma política de incentivo aos produtores. Passamos por uma crise avassaladora, com queda no valor do leite ao produtor devido ao processo de importação que ainda continua.

A situação ainda se agravará com a tragédia no Rio Grande do Sul, um Estado importante na produção. Vemos uma boa vontade por parte do governo, mas precisamos dar uma agilidade na implantação de programas de estímulo à produção. A queda da captação do leite é uma de decorrência da falta de estímulo”.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso do Sul (Silems), Paulo Fernando Pereira Barbosa, o apoio da Casa de Leis tem sido fundamental para fortalecer a cadeia.

“Precisamos que os nossos parlamentares conversem com a bancada federal sobre o impacto da reforma tributária ao nosso Estado.

O queijo não entrou na lista de produtos da cesta básica que terão isenção de impostos sobre o consumo. Nosso Estado é um grande produtor de queijo e, caso seja aprovada, irá afetar a rentabilidade das indústrias”, salientou.

O secretário-executivo Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta, informou que as reivindicações serão levadas ao governador Eduardo Riedel. “Este evento significa a importância que a Assembleia dá ao setor lácteo, que está trabalhando para vencer a crise.

O segmento é complexo e existe uma série de ações a se realizar, dentre elas programas de incentivo financeiro, de melhoramento genético, de comercialização e de assistência técnica. O setor precisa estar forte e organizado para elevá-lo de patamar”.

 

 

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A vaca é um dos animais mais importantes na produção de alimentos, sendo responsável por um dos itens mais consumidos no mundo: o leite.

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