ESPMEXENGBRAIND
10 mar 2025
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10 mar 2025
exportações, Apesar do cenário de redução na produção, o primeiro trimestre de 2024 apresentou um aumento de 4,8% no leite industrializado em relação ao mesmo período do ano anterior. produção de leite

A produção de leite na União Europeia (UE) em 2025 deverá declinar em decorrência da redução do número de vacas, margens apertadas, regulamentação ambiental e surtos de doenças.

O impacto dessa queda será parcialmente compensado pelo menor consumo de leite fluido, de acordo com o mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), sobre a UE.A menor oferta de leite forçará as indústrias a decidirem cuidadosamente sobre quais produtos produzir.

A previsão é de que a produção de queijo continuará aumentando, impulsionada pelo consumo doméstico, junto com a sólida e contínua demanda de exportação.

O maior volume de queijo, em 2025, será em detrimento da fabricação de manteiga, do leite em pó desnatado (SMP) e do leite em pó integral (WMP). 

Margens apertadas, combinadas com restrições ambientais e surtos de doenças nos maiores países produtores continuam empurrado para fora da atividade os pequenos produtores.

Em decorrência disso, a expectativa é de que, em 2025, o número de vacas terá um declínio que não será totalmente compensado pelo aumento de produtividade, fazendo com que a captação de leite de vaca seja ligeiramente menor.

A captação do leite de vaca, em 2024, foi estimada em 145,6 milhões de toneladas, 0,3% acima da de 2023.

Mas, o consumo doméstico de leite fluido continuará declinando, podendo chegar a 23,5 milhões de toneladas (-0,3%). A redução da produção de leite em 2025, fará com que a captação das indústrias diminua 0,2%, obrigando os processadores a decidir com cuidado a maneira de alocar o leite disponível.

Aumento da produção de queijo em 0,6% Apesar da menor disponibilidade de leite, a produção de queijo na UE27 deverá atingir 10,8 milhões de toneladas, 0,6% a mais em relação a 2024.

O aumento do consumo de queijo será impulsionado pelo crescimento da renda e pela melhoria do ambiente econômico, junto com a recuperação do setor de hotéis e turismo.

As exportações de queijo da UE serão beneficiadas pelo aumento do interesse por queijos especiais, e poderão chegar a 1,4 milhões de toneladas em 2025, um aumento moderado de 0,4%, que será limitado pelo crescimento da demanda interna.

Em setembro de 2024, o preço de queijo na UE estava quase no mesmo nível da Oceania, enquanto as cotações nos Estados Unidos da América (EUA) eram significativamente mais altas.

Com cerca de 50% das exportações da UE direcionadas para quatro países (Reino Unido, EUA, Japão e Suíça), os exportadores europeus estarão concentrados em fortalecer esses mercados.

A produção de SMP na UE27 deverá atingir 1,4 milhões de toneladas em 2025, registrando queda de 4% em relação a 2024, dada à baixa disponibilidade de leite e a expectativa de que a queda da demanda chinesa continuará pesando nos mercados globais.

O consumo doméstico é estimado em 0,68 milhões de toneladas, também 1,4% abaixo do nível de 2024, impactado pela menor oferta de leite cru e aumento da produção de queijo que será beneficiado em detrimento de outros produtos lácteos.

Isso também deve ser provocado pela menor demanda de SMP destinado ao setor de ração, uma vez que haverá redução do número de animais. Em 2025, as exportações de SMP deverão cair 6,8%, após um declínio estimado de 6% das exportações em 2024.

Queda de 5% no WMP

A produção de WMP na UE27, em 2025, está prevista em 580 mil toneladas um declínio de 5%, em relação aos níveis de 2024; a menor oferta de leite irá favorecer a produção de queijo em detrimento do WMP.

O mercado doméstico pode declinar marginalmente, com os altos preços levando ao uso de alternativas ao WMP pela indústria de alimentos. Também haverá queda nas exportações de WMP, em 2025, na comparação com 2024, diante da menor demanda da China e a forte competição com a Nova Zelândia em outros mercados.

Política da UE: Planos estratégicos para cada Estado-Membro

O setor lácteo da UE continua preocupado com a nova Política Agrícola Comum (PAC) e a implementação do Acordo Verde da UE. A percepção da indústria é de que essas duas medidas estão pesando, negativamente, nas decisões dos agricultores em continuar a produção.

De acordo com o relatório do USDA, o fortalecimento das políticas ambientais e mitigação das mudanças climáticas da UE podem precisar de investimentos adicionais, não produtivos e corroer ainda mais a lucratividade da pecuária leiteira.

E, devido, em parte, às preocupações dos fazendeiros, novas disposições estão sendo diluídas ou tendo sua implementação adiada.

Em 2025, o impacto da guerra da Ucrânia nos custos de produção deve diminuir. No entanto, a UE mantém seu apoio à Ucrânia, com prorrogação para 05 de junho de 2025, do acordo de isenção de tarifas e cotas para os produtos agrícolas da Ucrânia que entram na UE.

Essa disposição, no entanto, tem baixo impacto para o setor lácteo da UE.

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