Pesquisa revela que novas tendências de consumo deverão moldar o mundo corporativo no futuro próximo

Pesquisa revela que novas tendências de consumo deverão moldar o mundo corporativo no futuro próximo

Um estudo realizado pelo Banco BTG Pactual e a empresa de análise de dados Decode analisou buscas no Google e downloads de aplicativos entre fevereiro e abril, período marcado pela crise do coronavírus. Os resultados da pesquisa indicam novas tendências de consumo que deverão moldar o mundo corporativo no futuro próximo. Segundo a pesquisa, a procura no Google por cursos on-line aumentou 63% durante a pandemia. Chama a atenção também a busca por aplicativos especializados em atividades físicas. O número de downloads desses apps disparou 291%. Outro fenômeno notável é o de aplicativos para reuniões virtuais, que registraram um aumento de 431% na quantidade de acessos. Apenas o Google Meet ganhou, em média, 2 milhões de usuários por dia durante a crise. O coronavírus impôs um desafio para as empresas: a partir de agora, estar no digital deixou de ser uma opção – é uma necessidade que significará a vida ou morte de um negócio.

A vez do delivery de alimentos

O delivery de alimentos cresceu na crise do coronavírus, mas há espaço para mais. De acordo com estudos recentes, o setor tem uma penetração de 17% no território nacional. Há dois anos, o número não chegava a 10%. Na comparação com outros países, o mercado brasileiro é pouco coberto. Nos Estados Unidos, o índice está em torno de 30%. No Japão, beira os 50%. Isso explica por que empresas como Rappi e Ifood tem ampliado investimentos no Brasil.

Sonegação em alta no setor de combustíveis

A sonegação de impostos continua em alta na crise do coronavírus. Em abril, os valores devidos para a União e os estados de Rio de Janeiro e São Paulo – que concentram a maior parte da atividade de pequenas e médias distribuidoras de combustíveis – superaram R$ 20 bilhões. A dívida ativa da Refit, antiga Refinaria de Manguinhos, se aproxima de R$ 9 bilhões. Em 2020, a Monte Cabral teve 26 autos de infração incluídos na lista de dívida ativa, adicionando R$ 275 milhões ao seu passivo tributário.

Na Bolsa, clube dos ricos é restrito

Dados compilados pela B3, a bolsa de valores de São Paulo, mostram como é restrito o clube dos investidores ricos no país. Apenas 5 mil brasileiros têm mais de R$ 5 milhões em ações e só 26 mil têm entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. De acordo com a B3, a maioria se concentra na faixa de até R$ 10 mil: pouco mais de 1 milhão de pessoas. Pesa nesses resultados o baixo número de investidores no Brasil. São apenas 2,4 milhões. Nos Estados Unidos, metade da população investe em renda variável.

RAPIDINHAS

  • O ProChile, escritório de representação comercial do Chile no Brasil, inaugurou ontem em Belo Horizonte sua segunda unidade no país (a outra fica em São Paulo). Além de Minas Gerais, a ideia é fomentar parcerias de negócios no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso Sul e Tocantins.
  • O presidente da Latam, Jerome Cadier, gravou um vídeo para destacar as ações da empresa no combate ao coronavírus. Segundo o executivo, os filtros das aeronaves, iguais aos usados nos hospitais, eliminam 99,9% de vírus presentes no ar – inclusive a COVID-19. O medo de ser contaminado nos voos deverá afastar muitos passageiros.
  • A Nestlé lançou uma plataforma de apoio ao microempreendedorismo. Chamada de #GenteQueFazBem, ela reúne histórias reais das periferias brasileiras contadas pelos próprios protagonistas, que são autônomos e donos de pequenos comércios. A iniciativa é fruto de parceria com três Ongs: o Instituto Afrolatina (DF), Das Pretas (ES) e Bloco do Beco (SP).
  • A queda do número de contágios nos Estados Unidos foi positivo para a economia. Em maio, quando os casos de coronavírus começaram a cair, o total de embarques nos aeroportos cresceu 8%. No transporte rodoviário, a retomada é mais intensa. O movimento de cargas nas estradas subiu 27% nas últimas quatro semanas.

1 bilhão

de toneladas de gás carbônico deixaram de ser lançadas na atmosfera durante a quarentena global. Até o fim de 2020, as emissões deverão cair 6%, segundo dados do Observatório do Clima

Produtores de leite preveem aumento de 6% neste ano.

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